domingo, 21 de junho de 2009

A Minha Música...sem momento

Mais um desafio simpático de blogagem colectiva.
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A vida é feita de momentos; melhores ou piores, são eles e nós que, pedra a pedra, alteiam o edifício da existência. No “prédio” onde moro, há quase sempre música. Num volume, nem muito alto, nem muito baixo; gosto de ouvir sem no entanto perder a noção ou o domínio do que se passa à minha volta.
Associar uma música a um momento é no entanto uma tarefa que se afigura impossível. Na minha memória não vivem aquelas frases como “a música que ouvíamos no primeiro beijo, a música que dançávamos, a música do nosso casamento, etc.”
Há sons que me levam à infância, à juventude, que recordo sem nostalgia exagerada e que, simplesmente, me fazem constatar que o tempo é demasiado volátil.
No entanto, existem músicas onde regresso frequentemente como quem regressa a casa no fim de um dia exausto. E é aí que surge “o Momento” da Quinta Sinfonia de Gustav Mahler. Adagietto: Sehr Langsam é simplesmente divino.

Num outro registo diametralmente oposto, “Everybody hurts” dos R.E.M. continua a ser a minha música, o meu momento comigo própria…a minha eterna mensagem para os outros, mas sobretudo para mim.


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When your day is long
And the night - the night is yours alone
When you're sure you've had enough of this life
Hang on

Don't let yourself go
'cause everybody cries
and everybody hurts, sometimes

Sometimes everything is wrong
Now it's time to sing along
When your day is night alone (hold on, hold on)
If you feel like letting go (hold on)
If you think you've had too much of this life
To hang on

'Cause everybody hurts
Take comfort in your friends
Everybody hurts
Don't throw your hand, oh no
Don't throw your hand
If you feel like you're alone
no, no, no, you're not alone

If you're on your own in this life
The days and nights are long
When you think you've had too much of this life, to hang on

Well, everybody hurts
sometimes, everybody cries
And everybody hurts, sometimes
But everybody hurts, sometimes
So hold on, hold on, hold on, hold on, hold on,
hold on, hold on, hold on

Everybody hurts

You're not alone

Michael Stipe

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Gravata encarnada, mais gordito e...

O Primeiro Ministro anunciou hoje que finalmente Castanheira do Vouga vai ter banda larga.
Por confirmar ficaram no entanto outras questões importantes, como a colocação de contentores para dejectos caninos nas ruas de Beduído e a substituição das degradadas placas, que indicam a direcção do cemitério de Fataunços.
Depois de uma moção de censura no parlamento e de uma semana a digerir resultados eleitorais, com sabor a fel, o chefe do Governo, apresentou-se na SIC num registo quase sussurrante, com muitos “por favor”, “se me deixar”, deixando transparecer uma dissonante humildade que não lhe conhecemos.
Há quem diga que os números, não matam, mas amolecem; eu prefiro acreditar que são os assessores do Primeiro, que estão a fazer o seu trabalho.
Aristóteles dissertava o homem como um animal político. Será um camaleão?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Bolas...!

Do alto da minha bancada de leiga na matéria ainda pensei que estaria para breve o regresso daquele senhor sueco, que já por cá andou. Já o via de arraiais instalados lá para os lados da catedral. Para o mesmo “altar” ainda me passou pela cabeça outro nome, de outro senhor que também por cá andou e que, apesar de tudo, tantas euforias nos deu. Descobri agora que vai para o…Uzbequistão, treinar um clube que também começa por B e onde todos os países à volta, terminam em ão… assim como Felipão. Muitos gestos vai o homem ter de fazer para ser entendido, sim porque aprender Uzbeque, deve ser tarefa para uns anitos.
Tudo isto, para dizer, que ao que parece, é mesmo Jesus que vai ocupar o tal altar da Catedral. Será que é desta que a paz vai descer ao terreno benfiquista ou o calvário é para durar?
Em benefício da dúvida, por aqui me fico.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Joan Baez

"...But it seems that the Spring this year in Beijing
Came just before the Fall
There was no summer at all
In Tiananmen Square
China... China ..."



Letra na íntegra aqui

terça-feira, 2 de junho de 2009

Política rimada

Só faltam três dias para o frenesim acabar;
com tantas indecisões,
vamos ter que os aturar,
em mais duas eleições.

Feiras, fábricas e avenidas,
souberam eles palmilhar.
A política é prevenida,
quando votos tem que ganhar.

Veio a Ilda, o Rangel e o Vital,
dar as linhas ao povinho,
nem é preciso ler o manual,
para pôr o voto certinho.

Vital nas palavras tropeçou,
mas teve o apoio do José.
Rangel só se constipou
e seguiu sem a Mané

Ainda há mais para proferir,
com o Paulo e o Miguel,
não sei quem se vai rir,
depois de contado no papel.

Não esqueci os pequenotes,
que também querem alcançar,
mas têm que dar pinotes,
para conseguirem lá chegar.

Haja paciência,
para tanta alocução,
com tamanha penitência,
bendito seria um apagão.

Setas e índios

Qual será a relação entre a política e as marcas rodoviárias desenhadas no chão de ruas e estradas? De uma forma directa ou indirecta, ambos “nos comandam” !? Num há índios, noutro há setas!?
Provavelmente não haverá qualquer tipo de relação, mas o meu neurónio tresmalhado, levou-me a concluir que até há uma ligação e que podemos ver coisas onde elas não existem.
Será imaginação ou demasiada ficção, mas a verdade é que nas renovadas estradas da circunvalação de Viseu, não existe o lado esquerdo. Ou seja, depois do aprumado desafio, que é fazer os risquinhos todos direitinhos no pavimento, a seta da esquerda, foi banida. O esquecimento, distracção ou não sei o quê, poderá inclusivamente dar origem a mal entendidos com os frequentes “toques” nas “bolachas“. Quem desce e entra na rotunda Carlos Lopes, não vê setas de viragem à esquerda, mas também acho que já ninguém repara nestas coisas. Hoje numa volta pela cidade encontrei outros exemplos; em alguns deles nem setas existem, o que, provavelmente, será mesmo a melhor opção.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sinais

Peugeot-Citroën e Yazaki Saltano. Pela mesma altura fica a saber-se que uma vai produzir um novo modelo automóvel e que a outra, retira mais de 200 trabalhadores do regime de “Lay-off”. Serão sinais positivos, ou meras coincidências? Será que o bicho papão, chamado crise que nos tem atormentado, estará finalmente a entrar em decomposição? Há quem diga que não e há quem diga que não!!!!
São sinais na entrada de um Verão “quente”, que mal começou a aquecer e que vai deixar marcas de insolação em peles pouco habituadas a ambientes desabridos.