sábado, 31 de janeiro de 2009

Protesto!

Andava eu à procura do Livro de Reclamações Electrónico, do São Pedro, para registar o meu protesto contra a chuva, mas parece-me que a banda larga ainda não chegou lá acima e muito menos o Magalhães.
E porque é que Pedro, ganhou na razão popular, este atributo de controlar, o tempo que faz?
Pois, já sabemos que é ele que tem as chaves do Reino dos Céus e a razão parece residir nesta passagem do evangelho de Mateus, em que Jesus diz a Pedro:
“Eu te darei as chaves do Reino do Céu. Tudo o que ligares na terra, será também ligado no Céu. Tudo o que desligares na terra, será desligado no Céu.”

Será que o botão que desliga a chuva, avariou? Cá por baixo, se necessário for arranja-se técnico para consertar o dito. Mas continuar assim é que não!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Maldita cocaína...

Essa maldita coisa institucionalizada nacional e internacionalmente, chamada crise, está a tornar mais claros alguns fios de cabelo a muita gente. É ela que me tem tirado a liberdade temporal para vir aqui, mais vezes. Por causa dela, aumenta o trabalho para alguns de nós e o dia transforma-se num corre-corre, que não deixa tempo, para praticamente mais nada.
Há uma canção, intitulada “Alô, Alô Marciano” de Rita Lee e Roberto Carvalho, magistralmente interpretada por Elis Regina, que diz tão simplesmente “a crise tá virando zona” Eu diria que está virando mundo. A crise é como uma droga, sair da dependência , vai exigir muitos tratamentos. Dão-se alvíssaras a quem encontrar o antídoto, o veneno, qualquer coisa que mate este bicho.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ai se Camões tivesse internet!!!!!!!

O ser humano é estranho. Se não fosse, também seríamos todos conhecidos uns dos outros e a “coisa” deixaria de ter piada.
Por uma, ou por várias razões, “gostamos” ou não, de alguém, que nem sequer conhecemos, que nunca encontramos na rua, em suma, que não conhecemos mesmo. A televisão e também a rádio, mas mais a primeira, tem o condão de nos compelir a ajuizar sobre determinada pessoa. Por questões culturais, pela facilidade de comunicar, porque nos convence, ou não convence, pela voz, ou até pelo aspecto físico, (aparente) simpatizamos, ou não, com esse alguém. Já me aconteceu em variadas ocasiões.
Entre as ditas, aconteceu “engraçar” com um alguém, já com vários programas de índole cultural feitos na TV e também na rádio. O homem não sabe sequer que eu existo, mas a sua figura, deixou-me boa impressão. Um tipo de meia idade, cabelo grisalho, adorador de terras quentes com mares tranquilos, sempre de sorriso singelo, bom entrevistador, afável comunicador e também bom escritor. Vi e ouvi, muito do que lançou para o “ar”, captando o meu agrado.
Há alguns meses, descobri também que a dita pessoa, tinha e tem um blog, que leio regularmente, por todas as razões já apontadas.
Os blogs, servem para o que servem. Bons ou maus, a classificação é discutível e o grau de importância relativo. Mas terão sempre, um pouco da “personalidade” do, ou dos seus autores. Eu acho que sim.
E foi lá (no blog) que conheci mais um pouco dessa pessoa, que não sabe que eu existo, que não conheço, com a qual nunca me cruzei, ou seja, que conheço não conhecendo.
Num dos últimos “posts” que escreveu, comecei no entanto a descobrir, pequenos pormenores, que desmontaram parte da imagem, que eu tinha concebido. Pareceu-me existir “ali” algum “desarranjo” proveniente de alguém um pouco enfastiado, com o que ocorre na blogosfera. Acho que quase consegui “entreler“, que, se ele pudesse, abatia muitos dos escritos que andam por aí, alguns considerados ridículos. É uma opinião que naturalmente se aceita, mas a relatividade, está, aos olhos dos outros, em tudo que dizemos, fazemos ou escrevemos. Imaginem só, Luís Vaz de Camões, com um blog na Internet, a escrever:

“Quem diz que Amor é falso ou enganoso,
Ligeiro, ingrato, vão desconhecido,
Sem falta lhe terá bem merecido
Que lhe seja cruel ou rigoroso.
Quem o contrário diz não seja crido;
Seja por cego e apaixonado tido,
E aos homens, e inda aos Deuses, odioso.
Se males faz Amor em mim se vêem;
Em mim mostrando todo o seu rigor,
Ao mundo quis mostrar quanto podia.
Mas todas suas iras são de Amor;
Todos os seus males são um bem,
Que eu por todo outro bem não trocaria. “

Que diriam? Ridículo? Piroso? Sim ou não? Sabendo o que sabemos hoje, provavelmente, ninguém se atreveria.
Em conclusão, continuo a admirar e apreciar a dita figura, que não conheço, com a qual nunca me cruzei, que nem sabe que eu existo, mas…já tenho um mas.
E acabo como comecei. O ser humano é estranho. Atreve-se a ajuizar sem conhecer.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Vê se te avias...

"O Ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, inaugura o Centro Social da ARCOR e a sede da Junta de Freguesia de Ois da Ribeira (Águeda) no próximo dia 24 de Janeiro de 2009. O investimento total do empreendimento ultrapassa os 1,45 milhões de euros."

AGENDA AGENDA AGENDA AGENDA

Há que estrear as agendas de 2009. O ano mal começou e já existem muuuuuitas páginas escritas. Os governantes então, upa upa... O gasóleo está mais barato, por isso esta é a oportunidade ideal para ir conhecer o país real.... Ou será que isto tem alguma coisa a ver com Mário Lino??!!

"Obras públicas e eleições
Mário Lino pede a empresas calendário de inaugurações
O Ministério das Obras Públicas enviou e-mails para várias empresas e organismos públicos a exigir que lhe sejam enviadas todas as informações, com antecedência, sobre o calendário de inaugurações e outras iniciativas dessas mesmas empresas." SIC

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

De branco!

A neve de hoje fez-me fugir uns anos. Uns anos valentes, em que por aqui, o fenómeno, era visita comum no Inverno. Ouvia-a chamar o meu nome, ainda eu dormia e dizer “está tudo branquinho”. Era remédio santo para saltar da cama num ápice. Era dia sem escola. Dia de brincadeira. Era um dia feliz e eu não sabia.
A neve voltou, mas ela não me chamou…! Não foi dia de brincadeira. Não foi dia de…Não são dias…!!!!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Epígrafe

De palavras não sei. Apenas tento
desvendar o seu lento movimento
quando passam ao longo do que invento
como pre-feitos blocos de cimento.

De palavras não sei. Apenas quero
retomar-lhes o peso a consistência
e com elas erguer a fogo e ferro
um palácio de força e resistência.

De palavras não sei. Por isso canto
em cada uma apenas outro tanto
do que sinto por dentro quando as digo.

Palavra que me lavra. Alfaia escrava.
De mim próprio matéria bruta e brava
--- expressão da multidão que está comigo.

Ary dos Santos
Morreu no dia 18 de Janeiro de 1984.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Hope There's Someone


É realmente um bom som, para dois dias tranquilos.

Chesley Sullenberger


Perícia Habilidade Destreza Mestria Sabedoria Experiência Proficiência

aqui

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mais difícil que bomba atómica!!!!

Um destes dias alguém me perguntou, porque é que a “bombazina” se chama bombazina. Pois!? É daquelas coisas… sem resposta. O termo ficou-me na curiosidade e fui em busca da palavra mistério e sua origem. Mas o mistério, continuou porque quase nada encontrei, sobre aquele tecido macio, primo em terceiro grau do veludo.
Mas lá fui sabendo algo.
"Tecido de algodão de gramagem média a pesada, com riscas caneladas de pelo em relevo ao comprimento formados através do pelo da trama. O tecido de base no qual é inserida a trama tripla é em ponto de sarja ou ponto de tafetá. Fabricado em diversas gramagens e com o canelado em várias larguras. Os tipos mais leves são utilizados na confecção de vestuário de criança e de senhora, enquanto que os tipos mais pesados são utilizados em roupa desportiva e de trabalho. O termo inglês "corduroy" significa "veludo canelado ao comprimento"; é também conhecido por veludo de Manchester." de "http://pt.texsite.info/Bombazina"

Se é de lá,da city, onde joga o CR7, então vamos lá procurar. E descobri mais isto, na Wikipédia british.
"Corduroy is a textile composed of twisted fibers that, when woven, lie parallel (similar to twill) to one another to form the cloth's distinct pattern, a "cord." Modern corduroy is most commonly composed of tufted cords, sometimes exhibiting a channel (bare to the base fabric) between the tufts. The word "corduroy" can be used as a noun, a transitive verb, or an adjective. Corduroy is, in essence, a ridged form of velvet.
While the word "corduroy" would seem to have French origins, potentially derived from "corde du roi" (roughly translated as "cloth/cord of the king"), the phrase "corde du roi" is not French. In fact, an 1807 French list of manufactured articles includes an entry for "kings-cordes," apparently taken from English. Corduroy is believed to have been first produced in Manchester England, the world's first industrial city. Manchester was referred to as Cottonopolis because of the large number of cotton spinning mills located there."

E depois à cata de mais informação, sobre este assunto tão importante para a humanidade, ainda descobri que CORDUROY, também é nome de desenhos animados , baseados no livro “A Pocket of Corduroy” de Don Freeman e ainda de uma canção do Pearl Jam.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

"Um monte de sarilhos!"

Não sei que dizer ou pensar!!!!
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Patriarca alerta para perigos de casamentos com muçulmanos

O Cardeal Patriarca de Lisboa alertou as jovens portuguesas que o casamento com um muçulmano acarreta um “monte de sarilhos” devido ao fosso entre as duas culturas. D. José Policarpo considera que a comunidade cristã é muito ignorante em relação à muçulmana, sendo o conhecimento o primeiro passo para um diálogo, que considera “muito difícil”. A comunidade islâmica não comenta, para já, as declarações do cardeal.

“Só é possível dialogar com quem quer dialogar. Por exemplo, com os nossos irmãos muçulmanos o diálogo é muito difícil”, respondeu no encontro “125 minutos com Fátima Campos Ferreira”, realizado no auditório do Casino da Figueira da Foz.

“Estão a dar-se os primeiros passos, mas é muito difícil porque eles não admitem sequer”, disse, referindo-se à difícil relação com a crítica pela comunidade muçulmana. “A verdade deles é única e é toda”, afirmou.

O representante da igreja católica portuguesa junto do Vaticano considera que a comunidade muçulmana vê o diálogo com os cristãos como um método para demarcar o seu espaço, “como fazem os lobos na floresta”. D. José Policarpo acrescentou respeitar “estes espaços” muçulmanos, num país maioritariamente católico e considera que estão agora a dar-se “os primeiros passos” no diálogo entre diferentes religiões.

As relações do Patriarcado com a comunidade muçulmana de Lisboa, composta por 100 mil fiéis, “centrados à volta de três grandes mesquitas” são “habitualmente boas e muito simpáticas”.

A comunidade islâmica em Portugal não vai reagir, de momento, às declarações de D. José Policarpo. O líder religioso da comunidade, o sheik David Munir, respondeu que a resposta será dada em comunicado e só após ter falado com o Patriarcado.

Os responsáveis pela comunidade islâmica em Portugal confessam estar muito surpreendidos com as declarações do líder da igreja católica portuguesa.

Avisos contra casamentos entre católicos e muçulmanos

“Pensem duas vezes antes de casar com um muçulmanos. Nem Alá sabe onde é que acabam”, afirmou o cardeal, numa alusão às diferenças entre as duas religiões e respectivas tradições.

Este fosso será o principal factor que motiva o aviso “às jovens portuguesas: cautela com os amores”. Se "uma jovem europeia de formação cristã, se casa com um muçulmano, a primeira vez que vá para o país deles é sujeita ao regime das mulheres muçulmanas. Imagine-se lá!”, prosseguiu.

O Cardeal Patriarca referiu conhecer “casos dramáticos” de casamentos entre mulheres de formação cristã e homens muçulmanos.

Cristãos desconhecem fundamentos da religião muçulmana

Um dos principais entraves ao diálogo entre cristãos e muçulmanos é a ignorância relativamente a aspectos fundamentais da religião e que determinam posicionamentos de vida, considera D. José Policarpo.

“Nós somos muito ignorantes. Queremos dialogar com muçulmanos e não gastámos uma hora da nossa vida a perceber o que é que eles são. Quem é que, em Portugal, já leu o Alcorão?”, questionou o representante máximo da Igreja Católica em Portugal. “Se queremos dialogar com muçulmanos temos de saber o bê-a-bá da sua compreensão da vida, da sua fé. Portanto, a primeira coisa é conhecer melhor, respeitar”, sublinhou.

O conhecimento de princípios essenciais da comunidade muçulmana facilitaria muito até as relações religiosas. D.José Policarpo justificou esta opinião, dando como exemplo “um problema sério” que aconteceu na Cardeal de Colónia, Alemanha, cedida à comunidade muçulmana para uma cerimónia no Ramadão.

Após o “empréstimo”, a comunidade muçulmana não abdicava da Catedral de Colónia, tendo sido necessária a intervenção policial. “Os muçulmanos têm uma visão da sua religião em que o sítio onde se reúnem para rezar fica na posse deles. É o sítio onde Alá se encontrou com eles, portanto, mais ninguém pode rezar naquele sítio”, explicou.
RTP

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Hoje é dia de Marte

Há sempre algo para aprender, quando se está sem inspiração, para outras conversas.!! Útil não?
Terça-feira
A palavra é originária do latim Tertia Feria, que significa "terça feira", e de mesma acepção existe em galego (terza feira), mirandês (terça) e tétum (loron-tersa).
Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses dedicando este dia ao astro Marte o que originou outras denominações, em espanhol diz-se martes e em italiano, martedì, com os significado de Marte e dia de Marte. Outros povos reverenciavam deuses mitológicos, em inglês diz-se tuesday, dia de Tiw, e em alemão dienstag, dia de Tiwaz.

Terça-feira em outros idiomas
Com idioma, nome e significado.

Alemão Dienstag Dia de Tiwaz
Catalão Dimarts Dia de Marte
Dinamarquês Tirsdag Dia de Tyr
Dousha Maruna Dia de Marte
Espanhol Martes Marte
Esperanto Mardo Dia de Marte
Francês Mardi Dia de Marte
Italiano Martedì Dia de Marte
Holandês Dinsdag Dia de Tyr
Inglês Tuesday Dia de Tiw ou Tiu
Japonês 火曜日 (Kayôbi) Dia do Fogo
Chinês 星期二 (xīng qī èr) Dois da semana
Russo Вторник (Vtornik) Segundo dia
Romeno Marţi Marte
Basco Astearte Entre-semana
Latim clássico Dies Martis Dia de Marte
Grego moderno Τρίτη Terceira [da semana

Wikipédia

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Laranja e a Canela

Depois de jantar um delicioso peixe grelhado e enquanto bebia o meu já quase tradicional, chá de laranja e canela, assisti com alguma curiosidade, à estreia de hoje, na SIC. Mário Crespo entrevistou Alberto João Jardim.
Ao mesmo tempo, dei por mim a estabelecer uma espécie de analogia entre dois homens, já passados dos sessenta, e a laranja e a canela.
De um lado o Presidente do Governo Regional da Madeira, que será sem sombra de dúvida, a laranja; tem acidez, é sumarento nas palavras, tem casca grossa, é difícil de descascar e em muitas ocasiões também nos provoca arrepios.
Do outro, Mário Crespo que casa na perfeição com a especiaria. Suave, mas simultaneamente intenso, estilo ligeiramente adocicado, aromático quanto baste e um tempero eficaz para determinadas iguarias.
E tudo isto, esteve quase sempre presente, na quase mútua entrevista que se fizeram. Quando se “fala“, como atravessado líder Madeirense, é difícil, que mais alguém fale e em muitas ocasiões, é ele que faz as perguntas. Hoje não foi excepção. João Jardim, voltou a chamar mentirosos aos do costume, fraseou “esse rapaz”, para se referir a Pedro Passos Coelho e até invocou a memória de Álvaro Cunhal, “que descanse em paz, que também merece”, para comentar uma boca infeliz, do porta-voz do Partido Socialista, Vitalino Canas.
Voltou a dizer-se português, para “fugir” à independência ou a qualquer coisa do género, na sua Madeira.
A entrevista terminou num ápice, com o senão do auricular de Mário Crespo ser demasiado audível e motivo de distracção para quem assistiu.

domingo, 11 de janeiro de 2009

"Versos Sencillos"

Ontem à noite a RTP, exibiu o filme "Havana-Cidade Perdida", de e com Andy Garcia. É um filme de luz quente e envolvente; é um hino ao amor,embora impossível, a uma pátria perdida e a uma vida recomeçada do quase nada. O filme termina com este poema que vale a pena partilhar.

Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma.
Y antes de morirme quiero
Echar mis versos del alma.

Yo vengo de todas partes,
Y hacia todas partes voy:
Arte soy entre las artes,
E en los montes, monte soy.
(...)
Todo es hermoso y constante,
Todo es música y razón,
Y todo, como el diamante,
Antes que luz es carbón.
(...)
Con los pobres de la tierra
Quiero yo mi suerte echar:
El arroyo de la sierra
Me complace más que el mar.
(...)
Yo quiero, cuando me muera
Sin patria, pero sin amo,
Tener en mi losa un ramo
De flores, y una bandera!
(...)
Cultivo una rosa blanca
En julio como en enero,
Para el amigo sincero
Que me da su mano franca.

Y para el cruel que me arranca
El corazón con que vivo,
Cardo ni oruga cultivo;
Cultivo la rosa blanca.


Versos Sencillos
José Martí
aqui

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Dor!

Num dia em que muitas casas portuguesas, estarão necessariamente mais aquecidas, quero partilhar algum do “calor” da minha, com duas pessoas que não conheço pessoalmente, mas que por estes dias, deverão estar a sentir, um frio terrível na alma.
Adelina Lagarto e Luís Nunes.

(...)
Que quem já é pecador
Sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
Porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
Uma funda turbação
Entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.

Balada da Neve de Augusto Gil
Poema completo aqui.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sem fim...

Quando eu nasci já se falava no assunto. Cresci a ouvir palavras como Gaza, Vale de Beka, Montes Golan,Fatah, OLP, Intifada, Israel, Palestina e sempre mortes a acompanhar.
Pouco mudou. As razões aqui explicadas.Publicação de 4 de Janeiro da Folha de São Paulo.
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"Entenda o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza

O Exército israelita opera neste domingo na entrada da Cidade de Gaza, a dezenas de quilómetros da fronteira com Israel, informaram testemunhas. No nono dia consecutivo dos bombardeios israelitas contra alvos do movimento islâmico Hamas na região, as Forças de Defesa ampliam a ofensiva terrestre, considerada o segundo passo da grande ofensiva militar que deixou ao menos 460 mortos e cerca de 2.350 feridos.
Veja abaixo um guia para entender o conflito:
Qual é a situação de Gaza?
O território, sob controle egípcio entre 1948 e 1967, foi ocupado por Israel há 41 anos. Em 2005, Israel retirou seus colonos e tropas de Gaza, mas manteve o controle das fronteiras terrestres e marítimas do território. Em 2007, depois que o grupo islâmico Hamas expulsou de Gaza os rivais do partido secular Fatah, Israel e Egipto impuseram um bloqueio económico à região
Por que o Hamas controla Gaza?
O grupo islâmico, contrário aos acordos entre Israel e as lideranças do Fatah, venceu as eleições legislativas de 2006 em Gaza e na Cisjordânia. A Cisjordânia está sob ocupação israelita desde 1967, com autonomia limitada exercida pela ANP (Autoridade Nacional Palestina), criada após os Acordos de Oslo com Israel, em 1993.
A eleição de 2006 dividiu a liderança palestina. O Hamas assumiu a chefia do gabinete, mas a Presidência da ANP continuou nas mãos de Mahmoud Abbas, do Fatah.
O gabinete dirigido pelo Hamas foi boicotado por Israel e as potências ocidentais. Abbas se recusou a ceder ao Hamas o comando das forças de segurança. A crise política resultou em conflito armado que levou à expulsão do Fatah de Gaza. Diálogo para um governo de união nacional, mediado por Qatar, fracassou sob pressão dos EUA
Por que a trégua entre Israel e o Hamas fracassou?
A trégua foi acertada em Junho, por intermédio do Egipto. Nenhum dos lados cumpriu estritamente seus termos. Foguetes continuaram a ser lançados de Gaza, embora de forma bem mais esporádica, e Israel não liberou o fluxo de mercadorias para a região.
A tensão recrudesceu depois de 4 de Novembro, dia da eleição nos Estados Unidos, quando Israel bombardeou um túnel em Gaza que supostamente seria usado pelo Hamas para sequestrar soldados
Qual a posição dos países árabes no conflito?
Os governos árabes têm posição dúbia. A maioria apoia o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, contra o Hamas, temendo a influência do grupo sobre radicais em seus países. Mas sofre pressão popular para reagir a Israel. Apenas dois países árabes, Egipto e Jordânia, têm relações diplomáticas com Israel. Em 2002, a Liga Árabe lançou a Iniciativa de Paz prometendo normalizar relações com Israel em troca da desocupação de Gaza, da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e das colinas sírias de Golã
Por que Israel decidiu atacar?
Há várias explicações. Oficialmente, o país visa enfraquecer a capacidade militar do Hamas. Mas há líderes israelitas que pregam a destruição do grupo ou a derrubada do seu governo em Gaza -o que pode ser o objectivo da invasão iniciada ontem. Analistas apontam pelo menos mais três razões para o ataque:
1) A proximidade das eleições gerais de 10 de Fevereiro, na qual a actual coalizão de governo, de centro-direita, vinha sendo ameaçada pela ascensão da extrema direita, que defendia uma ofensiva dura contra o Hamas
2) A decisão do país de restabelecer seu poder de dissuasão, ameaçado pelo fracasso da guerra de 2006 contra o grupo xiita libanês Hizbollah. Tanto o Hizbollah quanto o Hamas, em menor grau, têm apoio do Irão, que Israel vê como seu principal inimigo
3) A proximidade da posse de Obama nos EUA. Obama vinha sendo instado a pressionar Israel a um acordo para a criação do Estado palestino em Gaza e na Cisjordânia, objectivo de negociações que se arrastam há 15 anos. Ao atacar o Hamas, Israel pretenderia continuar a impor seu ritmo às negociações
O que quer o Hamas?
O Hamas é misto de milícia, partido e instituição de caridade. A carta fundadora do grupo prega a destruição de Israel. Nos anos 90 e início desta década, o Hamas promoveu dezenas de atentados terroristas em Israel
Desde que aderiram à política formal, nas eleições palestinas de 2006, os dirigentes do Hamas têm sido dúbios. Uma oferta de "trégua prolongada" em 2007 foi vista como reconhecimento implícito de Israel. Há dúvidas sobre se, ao pressionar pela renegociação em termos mais favoráveis da trégua, o grupo esperava retaliação maciça
Qual é a perspectiva agora?
Israel invadiu Gaza 48 horas antes de a ONU discutir proposta de cessar-fogo monitorado; o futuro dependerá da dimensão do avanço israelita em terra."
da Folha de S. Paulo
aqui

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Dívidas e dúvidas!!

À hora do lanche, que ás vezes é também hora de comprar pãozinho fresco e oloroso, cruzei-me com uma “velha conhecida”, mais de vista que outra coisa, que não via há longos anos. Continua muito loira, como sempre foi e as rugas não lhe ganharam a aposta de aparecer na idade em que é costume, apesar de já ser avó.
Há uns anos valentes, era figura pública da minha cidade, por via dos projectos em que estava envolvida; e envolveu-se tanto, que acabou emaranhada numa complicada teia, que se arrastou pelos tribunais durante “séculos". No final dos anos 90 quando “a coisa” veio a público, para não ficar “no privado”, foi-lhe aplicada uma caução de cinco mil contos que, naturalmente…pagou. Conforme me contou, o caso viria a ser arquivado, por falta de provas. Para o efeito, não interessam culpas ou culpados, mas sim as obrigações do “Estado” para com esta cidadã. Desde há dois anos que está tentar reaver, o dinheiro da caução. Já fez de tudo, para o conseguir e nada…nada é mesmo a resposta mais comum neste país, quando se circula na ”auto-estrada” de via única, estado-contribuinte. A velocidade é lenta, tão lenta, que por vezes, muitas vezes, pára, causando enormes congestionamentos na cabeça dos comuns mortais. A outra, (contribuinte-estado) tem várias faixas, é bem mais rápida e pune expeditamente quem tem tendência para ficar parado.
Às vezes dou comigo a pensar que esta ponta da Europa, tem compensações, em relação a outras paragens. Mas o melhor é mesmo não pensar, porque me ocorrem muitos palavrões, como burocracia, cunhas, lentidão, colarinhos brancos, fraudes de várias sementeiras, oportunidades oportunistas, calotes, políticos, estado preguiçoso e mau pagador… e estava aqui até amanhã. Acho que estamos a entrar noutra dimensão; não sei se é a 5ª ou a 6ª , mas estamos a perder alguma coisa, ou fomos perdidos. Até o bom do clima, está a ficar cada vez mais tótó. Não acho que seja do “buraco”, ou se é, o buraco fica em Portugal.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Cio...

Ontem aconteceu-me uma, como há muito não acontecia. Fez lembrar “os velhos tempos” dos chats, onde se apanhava de tudo desde “constipações a esquentamentos”.
Há uns tempos apareceu-me no messenger, “alguém” a querer adicionar-me. Tinha nome de mulher, pensei que fosse gente conhecida e dei Ok.
Mal sabia eu a atolambada, que me iria sair na rifa.
Ontem assim que me liguei ao serviço, lá apareceu a dita criatura.
- Olá tudo bem?
- Olá tudo bem. Quem és?.
- Então, sou a Sofia de Braga!
Lembrei-me de imediato de um colega que tenho em Bragança, genuíno, puro transmontano, que lhe teria dito de imediato “nem de Braga nem do c….não te conheço”, e a coisa acabaria por ali. Mas como nem sempre, as minhas palavras e gestos, avançam em consonância com o meu cérebro, ( a última vez que isso me aconteceu, fiz um pirete a um gajo que me apitou numa rotunda) continuei a falar educadamente com a “rapariga”, que disparou um chorrilho de perguntas; onde estás? quantos tens? o que fazes?…blá, blá,blá.
Respondi-lhe rodeando a maioria por alto, enquanto ela me contava que era engenheira e que estava casada há três anos. Disse-lhe que com esse tempo, ainda estaria em lua de mel, ao que respondeu “ou não!”
(ela) - E o que fazes nos tempos livres?
(eu) - Sei lá coisas normais; vou a ao cinema, escrevo, gosto de ir ver o mar…
(ela) - Ai o mar. Também gosto muito, sobretudo quando estou bem acompanhada.
(eu) - Ok, mas eu gosto sozinha.
Chegado a este ponto da conversa, já eu me tinha sentido como naquele “restaurante barato” onde ás vezes ia almoçar. Ouvia-se Kizomba de manhã à noite sempre em altos berros e a ementa era quase sempre e só, maminha de porco. Kizoma, maminha, maminha, kizomba; fartei-me e nunca mais lá fui. Ainda hoje quando me cruzo na rua com a dona do dito estabelecimento, ouço aquela música “faz amor comigo, faz amor comigo, me tira desta solidão…” Não há pachorra.
O mesmo aconteceu com a “amiga” de Braga, mais do mesmo. As perguntas delas assumiram uma espécie de ataque cerrado em torno do tema “sexo” que valha-me Deus. Se eu gostava de sexo, se já tinha traído, quantas vezes “fazia” por semana….Respondi-lhe um basta em letras gordas, não sem antes ela me dizer que tinha dois amigos “especiais”. ok que bom para ti. Mas chega.
(ela) - Mas eu falo da minha vida na boa!”
(eu) - Pois, mas eu não.
Acho que amuou. Não perguntou mais nada.
Ainda me apeteceu dizer-lhe para meter os dedos numa ficha eléctrica, para se acalmar… mas não disse.
Não sei se era de Braga, se era mesmo mulher e se o seu nome era Sofia. Não me interessa. Mas era chata e parecia querer vender alguma coisa, tipo “conto do vigário sexual”. Eu não compro.

domingo, 4 de janeiro de 2009

A minha visão de Blindness

“Ensaio sobre a cegueira”, é um verdadeiro monumento à insanidade que o ser humano, encerra dentro de si. Mas é, simultaneamente, uma espécie de redespertar para pequenas realidades insignificantes, que “bem vistas” são afinal tão significantes. Sabemos que existem, que estão sempre lá, mas poucas vezes as elogiamos, ou praticamos.
O filme de Fernando Meirelles, põe a nu o instinto animal do homem, pautado por requintes de malvadez, porque provêem de um ser que pensa, mas pensa mal.
Blindness pode ser também considerado, um hino à sobrevivência, só descoberto perante situações limite.
Depois de ver o filme, baseado na obra de José Saramago, continuei a remoer sobre ele durante várias horas. Deixou-me uma contrição pesada no peito, que ainda me faz questionar, porque é que o ser humano é assim? Porque é que age assim? Porque é que só damos valor ás coisas quando as perdemos? Porque é que estamos em constante julgamento e condenação sumária, perante actos, palavras ou aparências?
Também no domínio do Amor, o filme deixa marca. Duas pessoas (cegas) conseguem amar-se, porque se conhecem, não porque se vêem. Haverá amor mais puro e intocável por estereótipos de sociedades assentes em levianos pilares?
Como verdadeiro e puro é o afecto de um cão, que passa na rua e nos declara a sua meiguice!!
Será então a visão o sentido dos sentidos, na certeza de que, quase nunca a sentimos na sua infinita grandeza.
É comum dizer-se que é na adversidade que se revela o todo da raça humana; a cobardia, a inveja, a soberba, egoísmo… Mas é a mesma adversidade, que consegue trazer à tona os mais nobres dos sentimentos . São esses que seguram parte do nosso mundo a salvo.
É a cegueira mental que nos mata, não a física.!!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Coisas muito "importantes"!!!!

Festa, festarolas, grandes banquetes, grandes bailes, grandes noitadas e muitos afins, são por estes dias a “dor de cabeça” para muitos estados Norte Americanos, por via do “inauguration Day”.
A história está a escrever-se e todos querem entrar nela, de preferência com o melhor trapinho possível, vestido.
Que se lixe a crise, este dia, é O DIA e é melhor nem falar dos preços, para alguns desses eventos.
A grande preocupação do momento, está do lado feminino e claro que não tem a ver com a paz no mundo e com o matar da fome ás criancinhas, mas com o vestido que vão usar. Ninguém quer passar pela vergonha, eu diria até, pela humilhação praticamente mortal, de envergar um “dress” igual ao da fulana que está ao lado…
Para que não existam vitimas a este nível já está criado um site, onde as ladys, se podem registar, ou melhor, registar o vestido e ver se alguma copiona, vai vestir igual.
É de facto uma dor, que passa nesta altura por muitas cabeças e corpos ás voltas pelas “boutiques chiques“, à procura da fatiota perfeita. Quando tudo se poderia resolver com dois metros de tafetá, que a modista do bairro, haveria de transformar no mai lindo dos vestidos…
Enquanto isso, talvez outras criaturas se preocupem com questões de menor importância, como o conflito do Médio Oriente, com a situação no Zimbabwe, com a “guerra” do gás entre Rússia e Ucrânia e com outros assuntos, que andam por aí a lixar a estatística.
O que é tudo isso comparado com um vestido!!!!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

2009

Não sei se a balança comercial, vai ou não começar a equilibrar-se.
Não sei se o país vai sair da p... da crise.
Não sei se me vai sair o totoloto...provavelmente não.
Não sei, não sei...sei muito pouco.
Vai ser um ano de muito trabalho...
Vai ser um ano em que o país, vai gastar dinheiro mal gasto, em campanhas eleitorais...
Vai ser um ano com um Sócrates mais generoso e menos impositivo (porque será?)
Com uma Manuela F.Leite mais sorridente?????!!!
Vai ser um ano com mais despedimentos...
Vai ser um ano em que Alberto J. Jardim vai continuar à cacetada no Pingo Doce, perdão, no Continente.
Espero que seja um ano, sem "partidas" entre os que gosto...
Espero que sejo o ano em que a minha amiga P.R. finalmente consiga...
Espero que seja o ano em que a M.S. consiga fixar em terra, o seu marinheiro...
Espero que não seja o ano da menopausa...:)de mais rugas, cabelos brancos e rabugice (mas vai ser )
Espero divorciar-me do xanax...
Espero despertar para certas coisas, que já nem me lembro como são...
Espero-espero-espero-espero-espero-espero-espero-espero
Espero tudo e não espero nada. Estou aqui para o que der e vier.
Como sempre, disposta a lutar, quando vale a pena e a sacar daquela força, quando dela precisar.
A minha balança, vai continuar com os pratos assimétricos, portanto tudo é possível.
Mas os astros parece que estão a meu favor...será? Tenho que começar a olhar mais para o céu!!!

Balança
Previsão Anual/ Paulo Cardoso
Em 2009 o Signo da Balança volta a ter os astros a seu favor. Exceptuando os nascidos entre 24 e 28 de Setembro, que estarão sob uma adversa interferência de Plutão, todos os outros poderão ter um ano pleno de realizações. A quadratura de Plutão, que provocará este pequeno grupo de Balanças poderá fazer testar ao máximo os seus valores, emoções e vida amorosa. Este grupo, durante alguns meses poderá ficar sem saber bem o que ambiciona. Desejará agir mas pode estar obcecado por uma situação ou processo amoroso. Se pretende uma dada posição seja mais tolerante e adapte-se às condições. Se for a vítima, defenda os seus direitos. A sua confiança e energia parecer-lhe-ão esgotadas, desiludindo-o. Descontraia-se, aceite as coisas como elas são e acolha mudanças. A sua vida está a ser redireccionada; aprenda a ler os sinais.

Já os nascidos entre 29 de Setembro e 23 de Outubro estarão de parabéns: Júpiter e Neptuno serão seus aliados ao longo do ano. Júpiter contribuirá com maior confiança em si próprio e capacidade de fazer planos e projectos a longo prazo. A sua acção e o agrado com que o vão receber irão forçar o seu amor-próprio, podendo aumentar o seu entusiasmo e fazer que neste ano se sinta bem, quer física quer psicologicamente. Será uma boa altura para organizar assuntos legais ou dedicar-se a um novo empreendimento. O que investir agora poderá dar bons resultados a médio prazo. Neptuno irá ampliar a sua fantasia e sublinhar a sua sensibilidade.

Exteriorize as suas emoções pois é bom para reforçar a sua ligação afectiva. Verá também o seu lado humano e a sua espiritualidade mais vincados, pois Neptuno liga o mundo psíquico e subconsciente ao mundo físico, resultando por vezes em sonhos intensos e plenos de significado; e em relação às outras pessoas, numa sensibilidade aumentada. Confie na sua intuição e poderá afirmar a sua individualidade através de fantasias criativas ou culturais. Poderá também sentir uma maior capacidade de manifestação artística. Dê largas a esta forma de afirmação. Que possam tirar pleno partido destas influências criativas, personalidades tais como Helena Laureano, Rita Seguro, Júlia Pinheiro, Marina Mota, João Baião, Agustina Bessa Luís, João Mota e Rita Guerra.
aqui