sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ás vezes o amor...

Se para muitos o telemóvel é um bem necessário, com utilidade mais que reconhecida, para outros, além disso, é também uma forma de exposição da vida mais “privada”. A verdade é que há quem perca a noção completa das”figuras” que faz quando atende o dito. Há os que gesticulam, os que dão voltas e mais voltas e os outros que falam tão alto, que o mundo à volta escuta involuntariamente o que não queria nem deveria escutar.
Ontem de passagem por um centro comercial, uma voz mais elevada despertou-me a atenção. Um jovem na casa dos seus 20 e poucos anos discutia ao telefone com alguém supostamente da família. Praticamente em altos berros dizia “ eu não estou contra ninguém vocês é que estão contra mim porque não querem que eu namore com ela”. Ora a “ela”, não sei se era a rapariga, também jovem que o acompanhava de ar soturno e preocupado. Entre frases quase distorcidas, fruto do nervoso da voz do homem apaixonado, ainda consegui ouvir “ se for preciso eu fujo de casa para ficar com ela”.
Todos os que passavam naquela hora no tal centro comercial ficaram a saber a história familiar desavinda daquele rapaz, disposto a tudo por “um amor e uma cabana”.
Ás vezes perdemos a noção que a nossa voz nos está a trair e a denunciar perante os outros. Perdemos a noção que “amores e cabanas” não existem. Mas quando se é jovem e determinado, tudo, quase tudo é possível, até morrer por amor…

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Outra vez

Tudo se repete. O tempo, o frio, o recuperar da gola alta do armário…mais roupa e mais roupa…bota e mais bota…
Tudo se repete. Volto a pisar as folhas amarelecidas que cobrem um chão e que outrora me fizeram erguer a cabeça e sorrir para o verde. Volto a carregar a cor do Outono, a viver a noite que começa de tarde e volto a ouvir o estalar dos gravetos que na lareira me concentram o olhar, aquecem o espírito e me fazem “viajar” por coisas que não se deviam repetir !!
A roda gira, passa pelo mesmo sítio e tudo se repete…

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Sensação

Vivência simples, produzida pela acção de um estímulo (externo ou interno: luz, som, calor, etc.) sobre um órgão sensorial, transmitida ao cérebro através do sistema nervoso.Embora por vezes se considere a sensação como o ponto de partida para a construção da experiência e do saber, ela não é, no entanto, um dado imediato da consciência: a sensação só se apresenta ao nosso espírito sob uma forma mais complexa -- a forma de percepção. Apenas podemos falar de sensações nas percepções se as considerarmos em si mesmas, sem considerar o que significam.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Do contra

Se há coisas que a maioria das pessoas diz ganhar com o passar do tempo, é paciência. Comigo passa-se precisamente o contrário. Ainda tenho uma dose bastante elevada, ao ponto de ás vezes ser uma “tótó”, mas o saco começa a esvair-se lentamente e areia da pachorra escapa-me entre os dedos.
Cada vez mais embirro com o que está pré estabelecido socialmente. Não são leis, não são regras mas sim conceitos estúpidos que a sociedade angariou o longo dos anos, apressando-se a rotular quem não os seguir. O défice de tolerância para com o próximo ainda é uma realidade, embora reconheça que algo já mudou, mas sem a rapidez que se impunha. Cansei-me de ouvir frases tipo “ah sim essa cor é mais adequada para a sua idade, não pode ser assim porque parece mal…”etc., etc.
Hoje, a propósito de uma situação familiar alguém me dizia “então o J. está no hospital e tu não dizes? E porque raio tenho eu que andar a ligar para toda a gente a dizer isso? - resposta do outro lado “é que parece mal não ir visita-lo”. Ou seja a pessoa em questão, vai poder gabar-se (se for) de ter ido ao hospital ver o J. e assim já não parece mal!!!!! Bem que o silêncio poderia ser uma das regras estabelecidas socialmente. É tão bom “ouvir” certas pessoas caladas.
O que para muitos parece mal, a mim parece bem!!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aveiro e Caetano

Caetano Veloso vai celebrar Aveiro numa canção

Músico brasileiro fala numa “canção nova” sobre Aveiro, “cidade querida de Portugal”. O tema poderá ser incluído no álbum “Obra em Progresso”
O prometido é devido. Em Julho, durante um concerto em Aveiro, Caetano Veloso disse que ia “seriamente pensar” em compor uma canção sobre a ria. “É preciso que se faça essa canção”, afirmou, não se percebendo se falava a sério ou a brincar (ver caixilho).
Falava a sério. No blogue Obra em Progresso (www.obraemprogresso.com.br), criado para permitir o acompanhamento do processo criativo de composição do novo álbum, Caetano Veloso, um dos maiores vultos da música brasileira, fala na gravação de uma “canção nova” sobre Aveiro, “cidade querida de Portugal”.
O tema poderá vir a ser incluído no novo trabalho discográfico do músico brasileiro, que será justamente intitulado “Obra em Progresso” e que poderá ser lançado no final do ano.
O processo de criação para o próximo álbum é diferente do habitual. Normalmente, os artistas gravam um CD para depois o divulgarem em palco. Desta vez Caetano Veloso inverte o curso usual de um lançamento, já que primeiro faz espectáculos onde alterna alguns dos grandes sucessos da carreira com canções inéditas acabadas de compor.
A ideia é amadurecer o projecto diante do público, de modo a que se chegue a uma selecção de onde serão extraídas as músicas para o novo CD. As canções novas, diz Caetano Veloso no blogue, “são a razão de ser do projecto”, no qual o músico de 66 anos procurará oferecer um “som novo” ao público.
“Oportunidade única”
Vasco Sacramento, da empresa Sons em Trânsito, responsável pelo concerto de Caetano Veloso em Julho, não tem dúvidas acerca do impacto que uma canção do compositor brasileiro poderá ter sobre Aveiro. “Vai provavelmente fazer mais por Aveiro do que todas as campanhas de promoção realizadas até hoje”, realça.
“A confirmar-se”, será, para este empresário ligado à música, uma “oportunidade histórica e única” de divulgar Aveiro “a nível mundial”, uma vez que o cantor baiano está entre os “15 ou 20 maiores artistas do mundo”.
“É um artista com um impacto mundial muito grande e será notável se compuser uma música sobre Aveiro”, afirmou.
in Diário de Aveiro

domingo, 26 de outubro de 2008

É...

Lembro-me de que essa manhã foi invadida por um aguaceiro desalmado, ouvia-se uma chuva grossa e pesada lá fora mas deve ter sido passageira porque quando acabou a Edite ainda estava ao telefone. A partir de então tudo o que sei é que me pus ao espelho da casa de banho a barbear-me com a passividade de quem está a barbear um ausente - e foi ali.
Sim, foi ali. Tanto quanto é possível localizar-se uma fracção mais que secreta de vida, foi naquele lugar e naquele instante que eu, frente a frente com a minha imagem no espelho mas já desligado dela, me transferi para um Outro sem nome e sem memória e por consequência incapaz da menor relação passado-presente, de imagem-objecto, do eu como outro alguém ou do real com a visão que o abstracto contém."
José Cardoso Pires in De Profundis, Valsa Lenta.
2/10/1925
26/10/1998

sábado, 25 de outubro de 2008

A profecia da ficção


President David Palmer on 24 by Dennis Haysbert

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

"Se querem que nós bérramos...nós bérramos"!

Há expressões e palavras que correm por aí, que dão volta ao miolo de quem, pelo menos tenta não dar cotoveladas na gramática. Se calhar todos as damos, de uma forma ou de outra, distraídos ou não, ás vezes acontece. Há dias, tenho quase a certeza que ouvi um dos nossos principais pivots de informação dizer “cidadões”. O mesmo que disse que “Quique Flores é filho de um antigo futebolista, mas sobretudo, de uma conhecida cantora espanhola”.
Apanhados e gralhas são coisas que não faltam neste universo em que nos reunimos.
Mas as outras, as que ouvimos no dia-a-dia, é como levar um murro no estômago e não reagir. Sim porque em muitas ocasiões não fácil chamar a atenção do “calinador”.
Lembro-me de um trabalho que fiz em tempos sobre a eventual construção de uma obra importante para uma determinada localidade; quando pedi opinião a um dos habitantes, respondeu-me “isso é só retólica” E outro “célebre”, que disse “se vier a policia, não sei o que nos fazerá”
Mas há muitas mais. Por exemplo os que gostam de maçã de “bravo mofo” em vez de “bravo de Esmolfe” e os que me perguntam se já estou “afectiva” na empresa.E a fruta que ainda não "amodreceu" ... Isto para já não falar do “cancaro da posta” do “utere” e da “expor” 98. Depois há os “hades, fostes, hadem e póssamos“, que de tanto utilizados ainda vão aparecer num qualquer acordo ortográfico no futuro.
Na politica, os homens do fato também não escapam à asneira. Aquelas frases...feitas, maduras: “Na minha opinião pessoal”?!?! O que não falta é gente sem opinião! “Eu tenho um colega meu”, “Há 10 anos atrás”
São apenas redundâncias, dirão alguns…ok são, mas também asneira.
E agora ainda me lembrei das “Baldinas” em vez de Malvinas, do “bérramos” e de uma colega que achava que a UNITA e Mubarak, eram países…

Tem que ser até amanhã.

Está escuro. É de noite. É tarde. Lá fora está frio e apenas escuto o silêncio da noite interrompido por pingos de chuva que acordam as minhas telhas. Já devia estar a dormir, mas estou aqui. Como formigas à procura de alimento, os meus dedos demandam as letras que toco. O que escrevo é apenas o sentir do agora, do estar num muro alto, sobre areias movediças. O coração aumenta o ritmo e há uma dor que não é física mas dói. Não é novidade; já passei por ela noutros capítulos e passei. Também agora vou passar; o amanhã, o logo, vai confirmar o meu intento. O eu positivo diz que assim vai ser. Vou fazer shutdonw nas letras e nos meus dedos. Apago a luz, os pensamentos e deixo que o sono me leve até ao que vai ser.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tom, Tim e Richard

Coliseu de Lisboa 12 de Novembro.
Eu ia...

domingo, 19 de outubro de 2008

As palavras que sempre te direi!

É um novo despertar.? Já se vê claridade no horizonte e o sol estará? prestes a despontar.
É um recomeçar talvez, para alguém que já navegou inúmeras ondas turbulentas, naufragou em várias tempestades mas sobreviveu, sempre com a garra de quem não quer ir ao fundo.
Como a natureza também os sentimentos se renovam e reinventam sempre de forma diferente. Nunca nada é igual, nunca nada se repete, nunca se sabe…
Os olhos piscam e brilham de forma diferente; a voz consegue atropelar as palavras que transpõem um peito cheio de sentimentos, por enquanto enigmáticos sentimentos.
Que o sol conquiste o teu dia, que brilhe e que tu brilhes com ele e que a tua meia-noite demore uma vida a chegar.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Pagar para...

Coisas que não compreendo

sábado, 11 de outubro de 2008

C'est la vie

Emerson, Lake & Palmer
Hoje ouvi esta música na rádio.Como muitas outras, faz parte de um vasto leque musical de outros tempos, que nunca se esquece.

C'est la vie
Have your leaves all turned to brown
Will you scatter them around you
C'est la vie
Do you love
And then how am I to know
If you dont let your love show for me
C'est la vie

Oh c'est la vie
Oh c'est la vie
Who knows, who cares, for me
C'est la vie

In the night
Do you light a lover's fire
Do the ashes of desire for you remain
Like the sea
There's a love too deep to show
Took a storm before my love
Flowed for you
C'est la vie

Oh c'est la vie
Oh c'est la vie
Who knows, who cares, for me
C'est la vie

Like a song
Out of tune and out of time
All I needed was a rhyme for you
C'est la vie
Do you give
Do you live from day to day
Is there no song I can play for you
C'est la vie

Oh c'est la vie
Oh c'est la vie
Who knows, who cares, for me
C'est la vie

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

HISTÓRIAS MENORES COM IMPORTÂNCIA ASSIM-ASSIM

Era uma vez uma laranja...ou uma sumarenta portogallo

Um dia destes, numa daquelas minhas idas ao hiper, comprei um saco de laranjas. Procurei as nacionais e como não encontrei, resolvi-me com as que havia, que eram nada mais nada menos, do que sul-africanas. É claro que não passei sem resmungar em defesa das “nossas”, mas lembrei-me que a globalização está em todo o lado e até as laranjas são vitimas da dita. Passou-me pela cabeça que ás vezes o proteccionismo até tem as suas vantagens. Mas depois pensei ironicamente orgulhosa nas lojas de Fátima Lopes em Paris, no "Magalhães" e na Venezuela...e com ou sem "conspiração", as laranjas vieram mesmo comigo.
Ao descascar a primeira, indaguei sobre a sua história, que começou na África do Sul. Quem preparou a terra? quem plantou, quem tratou? Quem colheu? Quem embalou? Quem exportou? Quem?Quem?Quem?
Muitas mãos nela tocaram, antes de chegar ás minhas.
Depois à pala da curiosidade fui aqui e descobri muitas coisas mais sobre a “fruta”. Que a África do Sul tem uma produção significativa e que a laranja doce foi trazida da China para a Europa no século XVI pelos portugueses. É por isso que as laranjas doces são denominadas "portuguesas" em vários países, especialmente nos Balcãs. Por exemplo, laranja em grego é portokali e portakal em turco, em romeno é portocala e portogallo com diferentes grafias nos vários dialectos italianos .

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

PORRA!!

Há coisas que me chateiam cegamente. A maior parte delas está certamente relacionada com a inata falta de educação que prolifera por aí e que até dói. Levar com a porta na cara, dar passagem a um automóvel que está a fazer manobra, sem água vai, ou estar para sair de um elevador, enquanto que os que estão para entrar, se dispõem à frente da porta que nem rebanhos, causando inevitáveis “atropelamentos”.
Mas há mais. Chateia-me ir ao Supermercado, (coisa para a qual tenho cada vez menos paciência) estar na fila para a caixa e o sujeito (a) atrás, estar quase em cima de mim ou a tocar-me com o carrinho ou com a carteira. Chateia-me ter de ensacar a tralha toda e ainda estar a meio e já a funcionária a debitar “são 45 euros e 72 cêntimos” Chateia-me quando vou ao pão e depois de pagar, estender a mão para receber o troco e a “gaja” espetar-me com as moedas em cima do balcão.
Chateiam-me os espertos e os mal educados

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

DESCUBRA AS DIFERENÇAS

SE A TI NO TE GUSTA...A MI ME ENCANTA!


Depois do excelente, admirável, deslumbrante, portentoso, estupendo e extraordinário resultado do SLB, só lamento ter sido obrigada a engolir um "SAPO" que prometeu e não cumpriu. O tão prometido jogo via internet, sofreu com a sobrecarga de benfiquistas que o quiseram ver, mas não conseguiram. Por um lado até compreendo, deveriam ser uns seis milhões de pessoas a tentar aceder ao mesmo endereço electrónico, e a coisa falhou.
Ó sapo vê lá se atinas, nós somos mesmo muitos e para a próxima queremos ver o jogo.
Já agora: Vencer por 2-0 o segundo classificado da Série-A italiana, uma equipa que ainda não tinha perdido esta época e ainda por cima sem 3 titulares indiscutíveis (Aimar, Cardozo e Suazo)? Ninguém nos para esta época.