terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Desejo

Recomeçar

Recomeça....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças


Miguel Torga

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Coincidências...

Face Oculta - Dance Clube
GAFANHA DA NAZARÉ
3830-750 AVEIRO

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Desanuviar


Ainda é cedo para destapar os olhos porque por muito tempo as nossas ruas vão continuar pejadas daqueles cartazes já desactualizados. Mas pelos menos ,os ouvidos já podemos aliviar. Acabou.
Foto aqui

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A fazer tempo

Estou num parque de estacionamento de um micro hipermercado, onde comi uma sopa de "água", uma nata estaladiça e um café. Estou algures entre Aveiro e a Figueira. Faço tempo para ir ouvir mais umas promessas, que uns senhores, nestas alturas fazem ao povo. O meu rádio toca Antony. A parte do AM/FM está quase bloqueada, porque depois de um dia a ouvi-los ao vivo, já não tenho tolerância, para o diferido.
Chove. Não está frio. Saiu mais um carro do estacionamento. Entrou outro. São 14h30. Tenho encontro marcado ás 15h. Vou andando.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Uma frase apropriada ou não, para um Outono quente

"Políticos e fraldas devem ser mudados com regularidade idêntica, pelas mesmas razões"
Eça de Queiroz

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Aprender


Algumas décadas depois, aí vou eu outra vez. E ainda não é para a Universidade Sénior…nada de confusões.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Companheiro de estrada

Foi assim hoje e acho que este som nunca mais me vai largar.


You came to me this morning
And you handled me like meat
You´d have to be a man to know
How good that feels, how sweet

My mirror twin, my next of kin
i'd know you in my sleep
And who but you would take me in
A thousand kisses deep

I loved you when you opened
Like a lily to the heat
You see i'm just another snowman
Standing in the rain and sleet

Who loved you with his frozen love
His secondhand physique
With all he is and all he was
A thousand kisses deep

I know you had to lie to me
I know you had to cheat
To pose all hot and high
Behind the veils of sheer deceit

Our perfect porn aristocrat
So elegant and cheap
i'm old but i'm still into that
A thousand kisses deep

i'm good at love, i'm good at hate
it's in between I freeze
Been working out but it's too late
(it's been too late for years)

But you look good, you really do
They love you on the street
If you were here i'd kneel for you
A thousand kisses deep


The autumn moved across your skin
Got something in my eye
A light that doesn't need to live
And doesn't need to die

A riddle in the book of love
Obscure and obsolete
And witnessed here in time and blood
A thousand kisses deep

But i'm still working with the wine
Still dancing cheek to cheek
The band is playing Auld Lang Syne
But the heart will not retreat

I ran with Diz, I sang with Ray
I never had their sweet
But once or twice they let me play
A thousand kisses deep

I loved you when you opened
Like a lily to the heat
You see i'm just another snowman
Standing in the rain and sleet

Who loved you with his frozen love
His secondhand physique
With all he is and all he was
A thousand kisses deep

But you don't need to hear me now
And every word I speak
It counts against me anyhow
A thousand kisses deep


letra aqui

domingo, 30 de agosto de 2009

Sem beatas

Das muitas peças que fazem parte do mobiliário das cidades, há uma que continua a faltar. À imagem do que já se faz em muitos centros comerciais, as nossas ruas deveriam ter cinzeiros. Há locais onde dói deitar uma beata para o chão por falta de opções. Pisar e apagar, depois apanhar com a mão e meter no “lixo” aposto que ninguém faz; quando muito e se houver uma sarjeta por perto “empurra-se lá para dentro” o que convenhamos, também não é grande ideia.
Nas “minhas” cidades ainda não vi, por isso fica a sugestão.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Jardim Secreto


Foto de Igor Poço

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sábado, 22 de agosto de 2009

Provavelmente

De longe vêm ecos de uma qualquer festança, que faz gente escoar despojos de um presente que serão também os do futuro.
A noite vai longa, mas o repouso do sol não chega para amainar os corpos que teimam acesos.
Um degrau, um tecto de estrelas e o imenso silêncio chegam para levitar por segundos e para voltar a ouvir em surdina a mesma interrogação que me faz escolta. Onde é que eu parei? Onde fiquei?
Estou aqui mas falta uma parte de mim! Todos os dias desconjugo os verbos e dou nega à negação para de uma forma abstracta esquecer o hiato. Provavelmente será a tal crise da meia idade, que em desconformidade, não trás respostas, mas apenas, mais dúvidas.
Provavelmente não há crise alguma e é mesmo assim.
Provavelmente!?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Política, gripe, protestos e sei lá mais o quê!

Quase plagiando alguém conhecido estou de volta à anormalidade normal.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Em manutenção


Eu e ele. Ele insiste em passar comigo os primeiros dias de férias.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Pausa

O despertador vai deixar de tocar durante uns dias. O telemóvel abandonou o som estridente. A estrada ausenta-se. A pressão abranda.
Vou desligar-me da corrente e parar de correr.
Sabe bem.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Liberdade ou libertinagem?

Bem sei que vivemos em liberdade se é que existe a expressão viver “em”, mas acho que a liberdade da liberdade, está a ir “longe demais “. Estou certa que em muitos casos, o exagero só acontece porque está lá uma câmara de filmar e um microfone. Para quem conhece os meandros destas coisas, sabe que é assim.
Censurando eu de imediato todo o valor intrínseco à palavra censura, acho no entanto que há opiniões, que não contribuem para coisa alguma.
Nem tudo o que se ouve é aproveitável.
Por pensar desta forma, fiquei chocada com o que ouvi hoje, na televisão, a propósito da manifestação dos estivadores em Lisboa. Com ou sem penetras no protesto, o que passou na TV, mais concretamente na SIC, (onde eu vi, mas sobretudo ouvi) é de um profundo mau gosto. Se existem sons e imagens que por si só dão força e engrandecem uma reportagem, há outros, que confirmam apenas a expressão do “vale tudo”.
Liberdade de expressão começa cada vez mais a ser sinónimo de banalização, calúnia, difamação e vulgaridade.

“Apesar de muitas vezes associarmos o conceito de liberdade à decisão e determinação constante, esta não será bem assim, já que a nossa vida é condicionada a cada ousadia e passo. A deliberação está então conduzida pelo envolvente humano, no qual se inserem as leis físicas e químicas, biológicas e psicológicas. Caso contrário passa a chamar-se libertinagem. Associada à liberdade, está também a noção de responsabilidade, já que o acto de ser livre implica assumir o conjunto dos nossos actos e saber responder por eles.”
Bento de Espinoza
Wikipédia

domingo, 21 de junho de 2009

A Minha Música...sem momento

Mais um desafio simpático de blogagem colectiva.
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A vida é feita de momentos; melhores ou piores, são eles e nós que, pedra a pedra, alteiam o edifício da existência. No “prédio” onde moro, há quase sempre música. Num volume, nem muito alto, nem muito baixo; gosto de ouvir sem no entanto perder a noção ou o domínio do que se passa à minha volta.
Associar uma música a um momento é no entanto uma tarefa que se afigura impossível. Na minha memória não vivem aquelas frases como “a música que ouvíamos no primeiro beijo, a música que dançávamos, a música do nosso casamento, etc.”
Há sons que me levam à infância, à juventude, que recordo sem nostalgia exagerada e que, simplesmente, me fazem constatar que o tempo é demasiado volátil.
No entanto, existem músicas onde regresso frequentemente como quem regressa a casa no fim de um dia exausto. E é aí que surge “o Momento” da Quinta Sinfonia de Gustav Mahler. Adagietto: Sehr Langsam é simplesmente divino.

Num outro registo diametralmente oposto, “Everybody hurts” dos R.E.M. continua a ser a minha música, o meu momento comigo própria…a minha eterna mensagem para os outros, mas sobretudo para mim.


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When your day is long
And the night - the night is yours alone
When you're sure you've had enough of this life
Hang on

Don't let yourself go
'cause everybody cries
and everybody hurts, sometimes

Sometimes everything is wrong
Now it's time to sing along
When your day is night alone (hold on, hold on)
If you feel like letting go (hold on)
If you think you've had too much of this life
To hang on

'Cause everybody hurts
Take comfort in your friends
Everybody hurts
Don't throw your hand, oh no
Don't throw your hand
If you feel like you're alone
no, no, no, you're not alone

If you're on your own in this life
The days and nights are long
When you think you've had too much of this life, to hang on

Well, everybody hurts
sometimes, everybody cries
And everybody hurts, sometimes
But everybody hurts, sometimes
So hold on, hold on, hold on, hold on, hold on,
hold on, hold on, hold on

Everybody hurts

You're not alone

Michael Stipe

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Gravata encarnada, mais gordito e...

O Primeiro Ministro anunciou hoje que finalmente Castanheira do Vouga vai ter banda larga.
Por confirmar ficaram no entanto outras questões importantes, como a colocação de contentores para dejectos caninos nas ruas de Beduído e a substituição das degradadas placas, que indicam a direcção do cemitério de Fataunços.
Depois de uma moção de censura no parlamento e de uma semana a digerir resultados eleitorais, com sabor a fel, o chefe do Governo, apresentou-se na SIC num registo quase sussurrante, com muitos “por favor”, “se me deixar”, deixando transparecer uma dissonante humildade que não lhe conhecemos.
Há quem diga que os números, não matam, mas amolecem; eu prefiro acreditar que são os assessores do Primeiro, que estão a fazer o seu trabalho.
Aristóteles dissertava o homem como um animal político. Será um camaleão?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Bolas...!

Do alto da minha bancada de leiga na matéria ainda pensei que estaria para breve o regresso daquele senhor sueco, que já por cá andou. Já o via de arraiais instalados lá para os lados da catedral. Para o mesmo “altar” ainda me passou pela cabeça outro nome, de outro senhor que também por cá andou e que, apesar de tudo, tantas euforias nos deu. Descobri agora que vai para o…Uzbequistão, treinar um clube que também começa por B e onde todos os países à volta, terminam em ão… assim como Felipão. Muitos gestos vai o homem ter de fazer para ser entendido, sim porque aprender Uzbeque, deve ser tarefa para uns anitos.
Tudo isto, para dizer, que ao que parece, é mesmo Jesus que vai ocupar o tal altar da Catedral. Será que é desta que a paz vai descer ao terreno benfiquista ou o calvário é para durar?
Em benefício da dúvida, por aqui me fico.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Joan Baez

"...But it seems that the Spring this year in Beijing
Came just before the Fall
There was no summer at all
In Tiananmen Square
China... China ..."



Letra na íntegra aqui

terça-feira, 2 de junho de 2009

Política rimada

Só faltam três dias para o frenesim acabar;
com tantas indecisões,
vamos ter que os aturar,
em mais duas eleições.

Feiras, fábricas e avenidas,
souberam eles palmilhar.
A política é prevenida,
quando votos tem que ganhar.

Veio a Ilda, o Rangel e o Vital,
dar as linhas ao povinho,
nem é preciso ler o manual,
para pôr o voto certinho.

Vital nas palavras tropeçou,
mas teve o apoio do José.
Rangel só se constipou
e seguiu sem a Mané

Ainda há mais para proferir,
com o Paulo e o Miguel,
não sei quem se vai rir,
depois de contado no papel.

Não esqueci os pequenotes,
que também querem alcançar,
mas têm que dar pinotes,
para conseguirem lá chegar.

Haja paciência,
para tanta alocução,
com tamanha penitência,
bendito seria um apagão.

Setas e índios

Qual será a relação entre a política e as marcas rodoviárias desenhadas no chão de ruas e estradas? De uma forma directa ou indirecta, ambos “nos comandam” !? Num há índios, noutro há setas!?
Provavelmente não haverá qualquer tipo de relação, mas o meu neurónio tresmalhado, levou-me a concluir que até há uma ligação e que podemos ver coisas onde elas não existem.
Será imaginação ou demasiada ficção, mas a verdade é que nas renovadas estradas da circunvalação de Viseu, não existe o lado esquerdo. Ou seja, depois do aprumado desafio, que é fazer os risquinhos todos direitinhos no pavimento, a seta da esquerda, foi banida. O esquecimento, distracção ou não sei o quê, poderá inclusivamente dar origem a mal entendidos com os frequentes “toques” nas “bolachas“. Quem desce e entra na rotunda Carlos Lopes, não vê setas de viragem à esquerda, mas também acho que já ninguém repara nestas coisas. Hoje numa volta pela cidade encontrei outros exemplos; em alguns deles nem setas existem, o que, provavelmente, será mesmo a melhor opção.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sinais

Peugeot-Citroën e Yazaki Saltano. Pela mesma altura fica a saber-se que uma vai produzir um novo modelo automóvel e que a outra, retira mais de 200 trabalhadores do regime de “Lay-off”. Serão sinais positivos, ou meras coincidências? Será que o bicho papão, chamado crise que nos tem atormentado, estará finalmente a entrar em decomposição? Há quem diga que não e há quem diga que não!!!!
São sinais na entrada de um Verão “quente”, que mal começou a aquecer e que vai deixar marcas de insolação em peles pouco habituadas a ambientes desabridos.

sábado, 30 de maio de 2009

Goran...gorado



Ontem auto-estrada fora, de regresso a casa já fora de horas, ouço no top das notícias que um candidato à presidência do Sporting tem um acordo com Sven-Goran Eriksson, para este vir treinar o clube. Senti-me traída. Não consigo ver o meu treinador de eleição, noutra equipa portuguesa, que não seja o SLB.
Há muito que ando a dizer, que o Glorioso só voltará a ser campeão, com o sueco ao leme. Bolas…mas ninguém me dá ouvidos.
Entretanto o tal acordo também já foi desmentido e portanto, a traição não se concretizou. Enquanto a caravana vai passando, eu aguardo que um dia a minha “profecia” se concretize. Ó Rui, faz lá uma forcinha pá…

Foto em ogremiobenfiquista.blogspot.com

Espelho opaco

As Pipis e as Tétés vestiram-se a preceito. É sempre assim, quando vem alguma figura cá ao burgo. As temperaturas dispararam e o vento fez um intervalo para que trapitos novos viessem à baila. Sim, porque isto de aparecer, tem que se lhe diga e em plena campanha, tem muito mais que se lhe diga. E protocolo… é protocolo.
Não querendo ser má língua, mas não resistindo à dita, há outros figurões, que, por mais que tentem, ou se calhar não tentam, parecem embutidos numa fatiota de cangalheiro que fica a léguas do que se supõe elegância. Provavelmente os conselheiros, precisam também de conselheiros, mas neste caso de imagem…
Não falo em nomes para não ferir susceptibilidades, mas há quem saiba do que estou a falar.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Gralha

Ser gralha por vezes tem a sua piada. Já todos tivemos intimidades com elas e sabemos que podem ser inofensivas, ignoradas, fruto de distracção, traiçoeiras, mas também assentar tão bem no local onde estão, que parece que foram lá postas de propósito.
Ontem foi apresentado em Aveiro, uma espécie de ensaio preliminar sobre um estudo que está a ser feito sobre a “nossa” saúde sexual. Na matéria enviada à comunicação social, referia-se que “Um conjunto de dados…vão ser tornados púbicos…”. Ao contrário do que se diz por aí, aqui a bota bate mesmo com a perdigota. Quem escreveu a dita, estaria apenas distraído (a) ou com pensamentos menos pudicos? Não sei, mas lá que teve a sua garça…teve.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Quando tudo se apaga...

Quando eu era criança sonhava. Sonhava com este mundo e todos os outros. Não no sentido de posse, mas tão só de descoberta. E descobri o que havia para descobrir nessa idade em que temos sempre resposta pronta, em que um “não” significa o fim do mundo, em que um castigo nos fazia tão ingenuamente pensar “vou fugir de casa”.
Quando eu era criança tinha pai e mãe que cuidavam, educavam, que ajudavam a crescer de forma preparada para uma vida que se avizinhava, ainda que incógnita e enigmática.
Hoje à distância vejo que tive uma infância plena, apenas com as minhas cândidas preocupações típicas da meninice. As vezes que chorei terão sido quase sempre por uma dor física, por uma birra ou por não me terem comprado o tal “comboio” que eu sempre quis.
Nunca me doeu o coração. Nunca senti a alma ferida por atitudes errantes dos que me estavam próximo. Para muitos de nós, estas são dores que descobrimos ao entrar na idade adulta e apesar da força dos anos, sabemos o quão difícil é carrega-las.
Eu que ás vezes me julgo de sentimento duro, de coração forte que não cede facilmente, de lágrima quase impossível, não resisti ao circo indomável, em que se transformou a vida de Alexandra. Uma inocência perdida antes de tempo e uma infância infernizada por adultos inconsequentes. Os sonhos desta menina desenham apenas uma vontade de ser gostada; os sonhos desta menina são pesadelos criados por adultos que actuam em palcos decadentes e ruinosos. E há muitas Alexandras que não conhecemos; e haverá sempre. Que os holofote caídos inesperadamente na sua vida, sirvam pelo menos para reparar o seu futuro e diminuir a carga de um passado penosamente escrito.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Capitais...das rotundas e dos buracos!!

Se para muitos Viseu é a capital das rotundas, o que não é de todo um aspecto negativo, para mim é uma cidade limpa, bem cuidada, arrumada, arejada e verde. E ontem dei mais valor a tudo isso, depois de me aventurar por caminhos travessos em Aveiro, que quase me atreveria a chamar de “capital dos buracos”.
Se por ordem alfabética, uma está no topo e a outra na cauda, em termos de qualidade e cuidado a inversão é óbvia.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mistério

O que é que se pode esconder dentro de um "tetra brik"??!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Frase da noite

Os mais instruídos não são obrigatoriamente os mais educados.

Sugestão do dia

Não sei se é da crise, mas o pessoal anda para aí com os nervos à flor da pele. Buzina-se por nada, levanta-se a voz por um quase nada e sai-se do sério por muito pouco. O melhor é arranjarem um saquito de areia, tipo aqueles do boxe, pendurá-lo no tecto e dar umas murraças, para ver se a fúria passa.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pressa

O tempo estava quase no fim. As dores da manhã fizeram-na pensar que tinha chegado a hora. Mas não. Disseram-lhe para ir andar, dar um passeio. E ela e ele assim fizeram. Foram ao centro comercial, deram uma volta e almoçaram, porque era hora de almoço. Num ápice tudo se precipitou. Um ai para um lado, um ai para o outro e a chegada ao hospital. Ás 15 horas, mais coisa menos coisa, a Matilde tinha chegado. Grande e bem constituída.
Quem entende destas coisas de nomes e significados, diz que a origem do dito é germânica e que Matilde é aquela que trabalha com a força e a vontade. Pois que seja.

ANTONY

Os bilhetes já esgotaram há muito. Eu se pudesse também ia ao Coliseu. Acredito que vai ser arrepiante e emocionante.
Antony está em Portugal e está aqui .

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Recados, amigas, amores e preocupações!

De que me rio eu?... Eu rio horas e horas
só para me esquecer, para me não sentir.
Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras;
passo a vida febril inquietantemente a rir.

Eu rio porque tenho medo, um terror vago
de me sentir a sós e de me interrogar;
rio pra não ouvir a voz do mar pressago
nem a das coisas mudas a chorar.

Rio pra não ouvir a voz que grita dentro de mim
o mistério de tudo o que me cerca
e a dor de não saber porque vivo assim.
António Patrício

quarta-feira, 6 de maio de 2009

I can fly...

A Norte nada de novo. Ontem falávamos da crise e sorriamos com comentários mais ou menos jocosos. Lá para os lados de Santa Maria da Feira, numa reunião de empresários da cortiça, com o Ministro que voltou a colocar a farinha Maizena na lista de compras, (pelo menos daqueles que querem chegar aos calcanhares de alguém) fizemos uma espécie de levantamento de cilindradas e cavalos que transportam todo este pessoal. É claro que o resultado do “estudo” superficial não necessita sequer de ser divulgado, mas lá que é necessária muita “palha” para alimentar aqueles bichos, lá isso é. E nem vos conto a palha que o carro do Sr. Pinho gastou entre uma visita e outra. Foi uma viagem completamente alucinante pelas estreitas vielas de Lamas. Ou não seja ele Ministro da Economia… e tempo, é dinheiro.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Bem-estar

Hoje comentava com uma amiga que bom que é viver num local em que estas noites já mais acalentadas, nos deixam ouvir os grilos e toda a natureza.
Nós vivemos num local assim. Que bonita que está a nossa cidade. Um verdadeiro jardim (como ela dizia). De um tímido burgo, cresceu nos últimos anos para os lugares cimeiros da qualidade.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O filme da minha vida - O Paciente Inglês

O amor em tempo de guerra, é mais amor. É mais sofrido, mais vivido, mais sentido, mais amor.
“O Paciente Inglês” mostra tudo isso. Mas mostra também as feridas que a guerra pode abrir no corpo e na alma. Mostra os obstáculos colocados num trilho, que impedem a vida de ser vida e vivida.
O paciente inglês é a história de um homem sem rosto, “sem vida”, contada a uma enfermeira que lhe dá o último sopro de existência, ao ouvir a sua narrativa.

É difícil falar do filme. É mais fácil senti-lo. É isso que acontece quando se olha para o grande ecrã. Sente-se.
Num resumo sintético o filme retrata um triangulo amoroso, envolvendo Katherine, (Kristin Scott Thomas) Geoffrey (Colin Firth) e Almassy ( Ralph Fiennes). Ela é mulher de um reputado explorador britânico, que durante uma expedição se apaixona por um erudito em história e em exploração geográfica.
O filme vale por tudo. Pela música, pela essência, pelo deserto, pela fotografia e pelos desempenhos dos actores.
É o meu filme.

Foto em http://www.cineplayers.com/filme.php?id=498

Fui

Segui a sugestão de um “vizinho” do lado e fui saber quem fui noutra vida. Fui homem!? E eu a pensar que tinha sido gato.
“Tu signo zodiacal en esa vida era Virgo.
Muy probablemente pasaste los últimos momentos de tu vida en algún lugar cerca de América del Sur, aproximadamente en el año 1523.
El nombre por el que se te conoció en esa vida pudo haber sido algo como Hilario o Silvestre.
Es posible que tu ocupación en esa vida fuera algo relacionado con juez, notario, bibliotecario.
Fuiste una persona práctica y sensata, materialista sin conciencia espiritual. Tu sabiduría simple ayudó a los más pobres y débiles.
Tu problema — aprender a amar y a confiar en el Universo. Estás destinado a pensar, estudiar, reflexionar, desarrollar sabiduría interior.”
http://www.misabueso.com/esoterica/vida/pasada.php

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lembrança


Quando uma amiga faz anos celebra-se a vida. Celebra-se tudo. Celebra-se.
Mesmo à distância, sabemos onde estão os amigos. E hoje e todos os dias, sabemos que existem.

sábado, 25 de abril de 2009

D de Documentário

O “Dia D” da RTP 2 foi uma ideia luminosa. Vi o documentário sobre Luís Pacheco ontem à noite. “Mais um dia de noite”.Simplesmente fantástico. Ainda bem que temos estas opções.

domingo, 19 de abril de 2009

Páginas da vida

Voltei a folhear o livro do destino. Já diversas vezes peguei nele para avivar a lembrança do que já foi. Do que ficou. Do que já está escrito.
Nele cabem os que me são próximos, alguns que me são distantes e outros que invadiram por bem as minhas raízes sentimentais. Neste livro há páginas que já quase não consigo ler; o valor da sua significância irrisória voltou a branquear o papel que agora não passa de uma marca em claro.
Outras, porém, continuam num “negrito” indelével que nem mil anos vão conseguir apagar.
Voltei a ler a história de duas pessoas que me invadiram por bem , já lá vão uns anos. Voltei a constatar que fazem parte da folhagem dourada deste volume, que se escreve a cada dia, só com passado, por vezes demasiado pesado e quase duplicado. Apeteceu-me riscar alguns capítulos, ter poder de censura, bani-los mesmo e por em seu lugar algo menos custado e dorido.
Revivi velhas histórias e pensei que pensava nesse tempo, que o amanhã, agora já passado, haveria de ser melhor…mas ainda não é.
Os sentimentos que mais buscamos na vida e que supostamente nos deveriam fazer felizes, têm sido demasiado efémeros para essas duas pessoas; demasiado marcantes e ignorantes por não verem o que estão a menosprezar.
Vou continuar como antes. A pensar que sim. Um dia haveremos de ler estas páginas douradas e chegar à conclusão que afinal, o melhor ainda estaria para vir.

terça-feira, 14 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

É difícil ser benfiquista!!

Se eu percebesse de futebol ou de política opinaria qualquer coisa parecida com uma analogia entre os “dois”. Se eu percebesse de futebol ou de política, diria que o SLB está para a bola como o PSD está para a faina partidária. Ambos já "meteram grandes golos", mas agora há sempre uma trave ou entrave no caminho. Apenas uma opinião de quem não entende a fundo dos dois assuntos, que de tão saturantes, dominantes e irritantes deixaram praticamente de me interessar. No praticamente tem de caber a parte, a minha parte profissional, que me obriga a estar atenta e por isso, não uso o “totalmente”.
Deixando para já de lado a política, reconheço que nunca tendo sido fanática, já fui mais acérrima do “desporto” das quatro linhas. Talvez no tempo em que o termo desporto fazia sentido, não só no futebol, mas em muitas outras modalidades.
Diz-se que quem nasce benfiquista, carregará orgulhosamente para toda a vida o titulo, mesmo que o clube não garanta de quando em vez, uma alegria aos adeptos.
Acho que em teoria vou ser benfiquista, até ao resto dos meus dias. Não ando de bandeira, (embora as tenha em casa) não vou aos jogos e não sei os nomes de todos os rapazes que por lá andam.
No sábado passado fiquei triste com o que aconteceu; tenho ficado muitas vezes triste ultimamente e cheguei à conclusão que é difícil ser benfiquista. É como um “amor” que temos, mas que só nos dá desilusões.
Apeteceu-me reflectir sobre a questão e perguntar que filme é este que nos últimos anos se foi lentamente transformando numa terrorífica comédia dramática, que só nos dá desalento?
Em conversa à mesa de Páscoa, o meu irmão dizia que actualmente já pouco mais interessa, do que o símbolo. Foi isso, que ele e o filho (dois sofredores) usufruíram na última visita, ao agora literalmente assumido “inferno da Luz”. E por mim até acho bem. Tudo o que este clube é, foi conseguido nos tempos de velhas glórias, com conquistas valorosas que a pouco e pouco ergueram o símbolo, a marca, o nome.
É difícil ser benfiquista e a chama imensa parece estar cada vez mais a caminho da extinção. As camisolas berrantes, já não vibram nos campos nem saltitam como papoilas.
Diz o povo “melhores dias virão” e eu vou esperar por eles sentadita. Não me vão doer as pernas até lá!?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Outsourced

Já que estamos numa de cinema, quase sempre retrato de realidades, deixo mais uma sugestão que me seduziu. É uma comédia romântica, ligeira e simples, mas onde se pode apreender muito sobre o comportamento humano, as diferenças culturais e a adaptação possível a uma realidade tão divergente da nossa.
“Outsourced” prova que deixar de resistir ao que julgamos resistível, é, por vezes, o melhor caminho para estarmos de bem com a vida.
Traduzido para português como “Deslocalização”, o filme conta uma história passada na Índia, que é um bom exemplo da realidade do mundo empresarial.
Mais do que isso, vale pelos sentimentos e pelo que se pode apanhar nas entrelinhas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Desaparecidos


As minhas preferências cinematográficas continuam a centrar-se em películas, que retratam factos verídicos.
“ Aconteceu na Argentina” vale sobretudo pela quase ausência de ficção, no relatar de atitudes oriundas de seres humanos de classe irracional. Com um António Banderas num registo estranho, o filme é mais um daqueles para guardar nas memórias, para que saibamos que aquilo aconteceu mesmo. Por isso vale a pena ver.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Estou chateada...claro que estou!

Ando há um mês a tentar “desligar-me” da Zon TV Cabo. É uma história já com vários episódios, que começaram com um temporal que me deixou sem Tv durante uma semana. Escuso-me de relatar todos os pormenores, porque seriam enfadonhos e a maioria, por experiência própria ou não, sabe do que falo.
No dia 5 de Março, liguei para o respectivo serviço, fazendo um pedido de cancelamento do contrato. Do outro lado como é óbvio, ouvi tentativas para me demover da acção, com argumentos que iria pagar muito menos (tipo passar de 70 para 50 euros) e que tinha até dia 20 para decidir. Fui frontal e retorqui que não queria esse prazo e que a partir daquele dia dava o contrato como cancelado. Ainda mandei um fax mais tarde para reconfirmar. É claro que depois de tudo isto, recebi um factura para pagar, mesmo depois de ter desligado a box no dia 5. Não pago.
O melhor ainda está para vir. Ontem recebo uma sms da dita empresa, no mínimo insólita. Parece que estou eu a pedir um empréstimo de milhões.
“No seguimento do seu contacto, informamos que ainda não nos foi possível dar resposta à sua solicitação. Contamos dar-lhe uma resposta, no prazo máximo de 10 dias”. Apetece-me dizer arre porra. Como são descarados.
Como me arrependo de ter andado meses a fio a pagar setenta euros por mês, para ter um serviço (só de tv) lento e vacilante. Quando me queixei a primeira vez, dizendo que andava a pagar muito, disseram que podiam fazer um desconto de 4 euros, para logo a seguir dizerem que, afinal era de 10. Quando eu disse que ia sair, o desconto chegou a 20. A honestidade é cada vez mais um conceito em vias de extinção. Que isto sirva de exemplo para alguém. Protestem, que vale a pena.

terça-feira, 31 de março de 2009

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"Saem à noite para matar a fome de outros

Voluntários vão diariamente para a rua para alimentar os sem-abrigo, toxicodependentes e prostitutas
PAULA ROCHA
Florinhas do Vouga oferece, sete vezes por semana, uma refeição a quem, em muitos casos, vive na rua. Por noite, cerca de 25 pessoas procuram esta ajuda. "Ceia com calor" teve início em Dezembro de 2007 e mata a fome a muita gente.
Há 15 meses que é sempre assim. Quer chova ou faça sol, às 21 horas, todos os dias , as equipas de voluntários da Florinhas do Vouga (Instituição Particular de Solidariedade Social) levam a "ceia com calor" aos mais desfavorecidos da cidade de Aveiro. Na carrinha já estão os cestos com comida (pão e bolos) e os recipientes com leite quente, café e água para chá. Para muitos esta é a única refeição do dia."
Mais em Jornal de Notícias

É uma IPSS a fazer, a prestar este tipo de ajuda, mas podíamos ser nós. Um grupo de amigos a levar calor humano, a ajudar a enganar a fome e tantas outras carências. Uma espécie de solidariedade transformada em circulo vicioso pela positiva. Uma ideia a desenvolver.

Amigos para sempre


Canil Intermunicipal Entre Douro e Vouga
Aqui

sábado, 28 de março de 2009

terça-feira, 24 de março de 2009

Parar...ver...sentir

Resolvi parar. Levar à prática quase todas definições de estática, para parar e ver… só ver. Num sítio em que o sol comparece entrecortado pelos perenes ramos de árvores onde folhas de vida já se anunciam. Parei, respirei, olhei, escutei.
A cidade está transformada num estaleiro; há barreiras em quase todos os circuitos, pedras fora de espaço, homens de mangas arregaçadas e boné na cabeça. O ar não está limpo; ainda se respira uma amalgama de essência queimada, que aqui chega de paragens vizinhas, onde o fogo rasteou. Num rádio em fundo, uma mulher e um homem, fazem conversa de um livro que este escreveu, sobre a cilada que a vida lhe preparou há 16 anos; a morte, roubou-lhe da vida, a mulher e as filhas.
Enquanto passa a conversa, há pessoas a passarem por mim; são apenas corpos que deambulam, que pisam a calçada sem se lembrar, que cruzam com outros sem notar. Dois velhos falam sobre a idade; com a vida feita, não querem a morte à espreita, apenas o orgulhoso brio de ter 82 anos, os filhos criados e netos encaminhados. “Somos de bom tempo” comentavam entre si. E volto a ouvir a presença omnipresente do receptor, que desta vez narra as preocupações de um ministro por causa de uma fábrica no norte…É há pessoas a passar de forma abstraída, quase imaterial. Há carros a buzinar, uma discussão que vem de longe e pouca paciência para aturar.
As pedras continuam lá, as árvores também; as pombas não mudaram de lugar prontas a poisar nos que a míngua lhes vão disfarçando Tudo o resto, parece fora de lugar, como se a alma tivesse migrado, como se o senso se transformasse em incomum verdade dos dias que evaporam.

É giro, não é?


Hoje logo pela manhã fui presenteada com estes três cestinhos. Coisas de quem tem jeito para croché e que acaba por praticar a política dos “RRR” quase sem dar por ela. São garrafas e garrafões de água que ajudam a fazer forma, nesta ideia simples e bonita.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Desconcentração

Do lado de dentro do “guichet” de atendimento duas mulheres conversam. Uma mais velha, outra menos; a que me atendeu e facultou os documentos que queria consultar. Por isso fiquei ali, na sala, do lado de fora, durante uma boa meia hora, concentrada nos papéis, mas desconcentrada com a conversa das duas. A jovem, que ao primeiro olhar me pareceu serena e tranquila, era afinal uma mulher revoltada, com uma capa obrigatória que enverga no atendimento público. Percebi isso mais tarde, na sua oralidade revoltada e sem comedimento de volume, que se ergueu por diversas vezes, contra alguém, que lhe anda a fazer a vida negra, para tirar da sua custódia, duas crianças de tenra idade. Mostrou-se disposta a lutar e a enfrentar todas as instâncias, para as segurar. Mais tarde, a sua colega de trabalho comentava com outra, que a rapariga em causa, vive uma situação complexa também a nível financeiro com repercussões, sobretudo na alimentação.
Enquanto eu me tentava concentrar no propósito da minha deslocação aquele lugar, ainda ouvi mais uma conversa que a dois metros se desenrolava. Mais uma jovem, esta bem mais do que a outra, queixava-se à amiga, das contas absurdas, que a colega com quem partilha a casa, lhe tem apresentado, referindo por diversas vezes a frase “eu não tenho dinheiro para pagar isso”.
Por mais que eu tente, é quase impossível não aturdir com os problemas dos outros, quando esses outros, falam da sua vida privada, em público, sem moderação de tom de voz e na maior das descontracções. Em ambas as conversas, um denominador comum: o dinheiro. Para o bem e para o mal temos de viver com ele. Mas é a sua escassez ou mesmo ausência, que faz a realidade perder a sanidade necessária.
A minha consulta aos documentos em causa, ficou-se pelo tirar de umas notas e tópicos que procurarei encontrar com mais pormenor, no mundo virtual e na tranquilidade do meu espaço, onde não ouço conversas alheias e onde, só um simples e doce “miau” me pode desconcentrar.

sábado, 21 de março de 2009

Vigor


A energia deste jovem, chega para um planeta inteiro. É contagiante e inebriante. Chama-se Tim-Rice Oxley. É co-fundador e pianista dos Keane

Generalizações

Não sei como será noutras paragens mas por aqui a generalização é política absoluta à qual, quase todos aderem. Por outras palavras, toma-se com leviana facilidade, “a parte pelo todo”. O que é boato, passa a realidade num ápice tão ápice, que todos acreditam e fala-se muito do que não se sabe. Como se é livre, há que opinar, nem que seja para dizer asneira ou difamar o próximo. Deve ser aquela coisa do “nacional carneirismo”, com todas as náuseas que a expressão me provoca.
Pertencer ás maiorias, é para muitos, o que “fica bem” e pronto, é o que se sabe.
Os exemplos da generalização, podem ser o mais vulgares possíveis: se eu tenho meia dúzia de cabelos brancos, há-de alguém dizer-me “tens o cabelo TODO branco”. Se um fulano, tem um buraquito numa meia, muitos dirão “anda com as meias TODAS rotas”. Se alguém tem o azar de deixar cair uma gotita de café no casaco, logo se irá espalhar que “anda com TODO sujo”. Enfim, estaria aqui até ao inicio da Primavera do ano que vem, a dar fúteis exemplos, que no entanto também se aplicam ás questões mais complexas do nosso dia-a-dia.
Podemos pensar o que nos dá na gana, podemos fazer as interpretações que quisermos em relação a tudo, mas ás vezes o comedimento peca por escasso. Como diria aqui um “vizinho” do lado, também isto é resultado da falta de chá. A nossa liberdade é infinita, desde que respeite os princípios dos outros.
Um dia, quando as minhas utopias, deixarem de o ser e quando eu já não estiver cá para ver, algum cientista de aquém ou de além mar, haverá de inventar um chip, que obrigue o cérebro de alguns a pensar antes de falar. E o mundo será bem melhor,ou pelo menos, mais equilibrado…

quinta-feira, 19 de março de 2009

Três letras...

O que foste
eu sou...
o que tens de ti e dos teus,
passou para mim.
A ti que me deste viver
que me ajudaste a crescer.
Aguentaste a traquinice,
enfrentaste a diabrura,
mas havia sempre ternura
e meiguice
Era a ti que procurava,
quando a tenra idade,
que me dava liberdade,
fazia merecer uma palmada;
mas tu devolvias responsabilidade.
Fizeste-me crescer,
com dádiva de saber.
E hoje, como sempre, cá estamos pra lembrar
Eu e o meu pai
Dois amigos de durar.

terça-feira, 17 de março de 2009

Procura-se um mundo melhor!

Como seria a vida de cada um, se cada um pudesse e tivesse todo o fruto e cobiça do seu desejo? Como seria a essência do ser humano se o próprio, num estalar de dedos, conseguisse apagar, rectificar e sarar todos os males do mundo? Como seria a ausência de dificuldades, a inexistência de guerras e terrorismo, a cura para todas as doenças, a morte apenas por antiguidade, o desconhecimento da fome, inveja, da ganância e de todos os malefícios intrínsecos ao homem?
Como seria se apenas uma entidade tivesse a seu cargo as regras do universo e simplesmente as guiasse no sentido do que admitimos como “bem“?
Seria um mundo de utopias, logo, impossível de existir. Basta cingirmo-nos ao nosso pequeno mundo, mesmo ao mais restrito, para concluir, que as quimeras, nem nos sonhos existem. Cada vez mais o nosso mundo se restringe a uma pequena ilha, rodeada de revoltosas ondas, prestes a submergir os mais distraídos. Faz-se de tudo por tudo e os meios justificam sempre os fins. Sair sempre a ganhar, ter sempre razão e estar incessantemente no degrau mais elevado da escada do orgulho, é divisa existencial para muitas dessas ondas que nos cercam e que há muito perderam a pedra angular do seu rumo.
Temos o desígnio de viver num mundo imperfeito, com muitos outros grosseiros prefixos, que afinal só tornam mais intrincada a travessia.
O que resta? Apenas tentar manter o pé em terra firme e a lucidez vigilante.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Do ser humano!

"Bebé em coma após queda de um quinto andar
Uma criança de 19 meses caiu esta segunda-feira, da janela do quinto andar de um prédio, em Felgueiras, onde vive com os pais e a irmã. André Martins caiu no terraço do segundo andar do prédio Impactus, na Avenida Dr. Magalhães Lemos, e sobreviveu à queda com ferimentos graves."

"Por ar, terra e mar à procura de criança desaparecida
Um helicóptero, uma equipa cinotécnica de busca e salvamento, várias embarcações e elementos dos Bombeiros de Matosinhos estão envolvidos nas buscas para encontrar a criança de quatro anos que domingo à tarde desapareceu no mar."

"Um automóvel com dois meninos de quatro e de sete anos a bordo destravou-se e deslizou de uma altura de cerca de 18 metros para a EN 108, junto ao miradouro de Sebolido, em Penafiel. As crianças correm risco de vida.
Os irmãos estariam a brincar e, no momento do sinistro, encontravam-se sozinhos no interior da viatura, estacionada no pátio da vivenda de férias dos pais."

"Menino de dois anos caiu num poço e morreu
Quase a completar dois anos e meio, o menino brincava, anteontem, na rua da aldeia, em Mangualde, com dois irmãos mais velhos. Uma hora depois de deixar de ser visto, foi encontrado num poço. Acabou por morrer."

JN
São todas notícias das últimas horas e relatam factos que não gostaríamos de ter lido. Estranhamente, ou talvez não, os últimos dias têm sido pródigos em acidentes com crianças de tenra idade. Dei por mim a reflectir, nas palavras e pensamentos que terão afluído a estes progenitores, quando na semana passada, ouviram a notícia do pai de Aveiro que se esqueceu do filho no automóvel. Terão condenado, não terão? Terão dito “eu nunca deixaria, eu nuca faria?…” Não sei, nem quero ajuizar, mas sei que a condenação, é sempre o caminho socialmente mais fácil, mas basta ouvir umas poucas palavras sobre o tão admirável, mas também perigoso, comportamento humano, para concluir que ás vezes o silêncio é a nossa melhor defesa.
São os mistérios e os desígnios da existência. Nunca sabemos o que nos está reservado. Nunca sabemos que a tragédia de um “vizinho” pode amanhã bater à nossa porta

sexta-feira, 13 de março de 2009

Know who you are

Tem 27 anos. Também está nas minhas memórias.
***************************************
Know who you are
There's a world wants to know you
Know where to go...
There's a world wants to touch you
Feel all you can...
Let your heart speak and guide you
Don't be afraid...
Of the love deep inside you.
Bring it out for everyone
When you smile we can see the sun
Bring it out for all to hear
Because you've so much to give
And there's so much to know
But if you wait for your moment
Well, it may never show.

Discover Supertramp!

Know who you are...
There's a new song inside you.
Weep if you can...
Let the tears fall behind you.
Bring it out for everyone.
When you smile we can see the sun,
Sing it out for all to hear
Because you've so much to say
And you've so much to do
And everyone's waiting,
Yes, it's all up to you.
Know who you are...
There's a world deep inside you,
Trust me if you can...
There's a friend to guide you.
Supertramp

quinta-feira, 12 de março de 2009

Anjo

Hoje voltei a dizer só para mim este poema. E é, a única coisa, que me apetece dizer e questionar??!!

(...)
Que quem já é pecador
Sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
Porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
Uma funda turbação
Entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.

Balada da Neve de Augusto Gil

quarta-feira, 11 de março de 2009

Inovar sim, mas tanto também não!!!!

Grande sucesso na Tailândia, China e Hong-Kong
Refeições servidas em sanitas
Ligar a imagem tradicional de casa de banho a uma cadeia de restaurantes, não é, à partida, a ideia mais apetecível do Mundo. Mais foi exactamente essa ligação que os donos do Modern Toilet, estabeleceram ao serem pioneiros deste conceito de decoração e comida inspirada em sanitas. As travessas e os bancos têm a forma de sanita e os gelados de chocolate fazem lembrar fezes. O menu contém, por exemplo, "diarreia com fezes secas".
in Correio da Manhã

sexta-feira, 6 de março de 2009

O justo e o pecador

Encontrei este video aqui. Traduz numa imagem, muitas das palavras que aqui já escrevi.

YES


Soon (Jon Anderson)
Esta música tem 35 anos. Faz parte das minhas memórias.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Vital e virtual

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos berros e aos pinotes —
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.

Que meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro...

Mário de Sá Carneiro

Já reparam que a blogosfera pode ser uma opção para fazer um testamento? Não como um legado de bens materiais, mas de intenções, de bens emocionais, do que queríamos que fosse...
É claro que por aqui, nunca sabemos quando o que lemos, é fidedigno; que a pessoa que escreve, é a pessoa que pensamos, ou que diz ser...há muita ficção neste mundo virtual, mas também, uns pós de realidade. Eu sou eu e nunca tive problemas em falar do meu “quando”, que pode estar no desfazer de uma curva, num caminho de maiores socalcos, ou no sítio onde menos espero. É incontornável. Não sabemos, o onde, o como e o quando. Sabemos apenas, que está por aí algures, em silêncio, em jeito de traição, escondida atrás de algo, ou à vista desarmada.
Não quero que batam em latas, nem que rompam aos berros e aos pinotes, como escreveu Mário de Sá Carneiro, mas que, em vez de lágrimas, vertam sorrisos e boas lembranças.
Um dia, ainda vou escrever sobre o destino dos meus bens imateriais. Já que sou a favor do testamento vital, também posso defender o virtual.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A cadeira...

Numa berma de estrada, ela permanece há várias horas no mesmo local. Nem o vento, nem a corrente de ar dos carros, a faz tombar. Firme, como firme foi o protesto da alma descontente que a submeteu à exposição pública. Porquê? Cada um interpreta à sua maneira!

domingo, 1 de março de 2009

Gratidão

Aquele programa, que eu corria para ver, quando era catraia, acabou.
Foram alguns dias agitados, com muita adrenalina, com pancadas em madeira, (lagarto, lagarto) para que a coisa corresse bem.
Deu trabalho, alguns nervos, cansou, mas correu bem.
Correu bem porque, um grupo de pessoas, do lado de cá, também fez por isso. Todos os envolvidos, deram o seu melhor. Outros ainda deram o melhor do seu melhor. Por isso, acho que devo deixar aqui os seus nomes. O João, prestável a cem por cento e sempre com soluções; a João, uma menina linda, cheia de potencial; o Pedro, que, com as suas tranquilidade e serenidade, fez com que o “boneco” passasse na perfeição.
A Lúcia, a Ana, o António, o Sérgio, o Miguel. Até o Sr. António, deu uma ajuda para que nada nos faltasse. Na casa que nos albergou, sentimo-nos em casa; por isso só tenho duas palavras a dizer, obrigada e obrigada.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Intermitências da Vida!

Volto ao tempo que é perdido, sentido, vazio;
Tempo na forma de não há-de, porque já é só saudade;
Forma de livro, de que não me livro, porque não me quero livrar;
Livro cheio, que me teima no meio;
De sensações, de lições, que são recordações;
Volto ao tempo para saber, que um dia pode ter mil, que um ano pode ser hostil;
Tempo amigo, inimigo, sombra de vida, espera comprida, sem retorno devido;
O tempo tira, o mesmo tempo que dá;
Existência, sorte, carência e morte;
Hora de chegar, hora de partir;
O tempo leva, mas deixa;
Sorrir, chorar;
Chover, raiar;
Um ano;
Ausência, nostalgia, deixar de fazer, o que fazia;
Deixar de repetir
Um ano de ver partir
Para junto de um Deus, que não deixou dizer adeus.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Un recuerdo!!


Eles vão andar por aí outra vez...

"Nunca" não existe!!!

Quando eu era pequenita, havia um programa, que não perdia, por nada, mesmo nada. Naquele dia, aquela hora, lá estava prostrada, em frente ao aparelho, a ver o espectáculo. Lembro-me de ir numa corrida para casa de uma tia, para ver em ecrã de cores.
Era o brilho, era o som, era a diversão, os equívocos, era tudo…tudo divertido.
Longe estava eu de adivinhar, que volvidos estes anos, acabaria por me ver envolvida, exactamente nesse projecto, que tanta atenção me captou no passado.
O tempo e consequente decorrer dos anos, são mesmo a melhor escola da vida.
Crescer é sinónimo de aprender, mas é igualmente uma espécie de bloqueador, de alguns pensamentos e palavras da mente e oratória. Um deles é obviamente NUNCA. Nunca dizer nunca, é praticamente um lema, que adoptei há anos, depois de involuntariamente ter engolido alguns. A vida e as situações, com que nos defrontamos levam-nos a isso. É claro que eu posso dizer, por exemplo, que “nunca me irei apaixonar, pelo…sei lá…pelo Paulo Bento.” Mas imaginem que “amanhã” me cruzo com o homem e até lhe acho piada!??? `É pouco provável (achar-lhe piada) e é só um exemplo…
A verdade, é que do degrau da idade, em que me encontro e que está longe (espero eu) do topo da escada, contínuo a ver, muita boa gente a dizer “eu nunca…isto, eu nunca aquilo”. Mas depois…
É o levar à letra, a velha máxima do “olhem para o que eu digo e não, para o que eu faço”.
É só mais uma reflexão e uma constatação, porque muitos dos nossos “nunca”, mais tarde ou mais cedo, ficarão como náufragos, perdidos nas palavras e razões.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Rosa

É das músicas mais tocantes do grande Ney. Hoje, que passam 42 anos sobre a morte de Robert Oppenheimer, o “arquitecto” da bomba atómica, apeteceu-me partilhar a Rosa de Hiroshima.

Tanto Mundo!


O mundo de Igor, tem tempestades, tem luz, tem chuva, tem sol, tem uma tímida estação intermédia, que não é Verão ou Inverno, mas que é um despertar, para um novo espaço temporal.
O Mundo de Igor tem tudo o que lá cabe.
O Igor é um jovem de 22 anos, alto, esguio, de olhos retraídos e corpo assustado. Há tão pouco tempo, mas já há tempo de uma vida, ainda que tão curta, quase o vi nascer e fui ouvindo a sua jornada.
Fez o percurso que tinha traçado, mas que julgaria por caminhos mais largos e menos tortuosos. Chutou algumas pedras, arredou obstáculos e ainda roga para que a porta se abra. Mas chegou, apesar da intempérie, chegou. Chegou para mostrar, que faz, que é capaz da arte. O seu sentir, a sua poesia, a sua maresia, a sua tormenta, está “No meu Mundo”.
O meu mundo é uma exposição de fotografia digital manipulada, disposta a ser fruída, na Unidade de Saúde Familiar, Infante D.Henrique, em Viseu
Está lá o Igor, estão lá muitos “Igors”, está lá, uma forma assimétrica de ver a existência, que o seu homónimo “Stravinski”, defendeu do lado da música, quando em 1913 compôs “A Sagrada Primavera”.
Que este seja o ínicio da sagração, da tua Primavera.

Um dia será!

Palmilho estradas,
montes, veredas,
palmilho terras pouco habitadas.

Percorro gente de toda a parte,
do indigente,
ao que faz arte.

Ouço aqui,
retrato além,
mas o tempo não me sorri.

Fico à espera!
Se não for hoje, é amanhã,
um dia será Primavera!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Os canários, a papa e a política?!

Hoje entrei numa loja de animais, que é mais passarada, do que de outra coisa e senti-me num estrondoso e “chilreento” comício do PSD.
Não…não estou a tentar ofender alguém, bem pelo contrário, pois quem está do lado de cá, acumula nos ombros uma cruzada eterna, em defesa da inteligência das quatro patas, muitas vezes não superada, pela dos que, só têm duas.
Voltando à loja, além de periquitos, papagaios, catatuas e rolas, havia sobretudo canários. Muitos canários. Laranja…quase todos laranja, à excepção de dois amarelitos, que mais pareciam uns enfezados no meio do “laranjal.” Das duas uma; ou eu ando distraída ou os malandrinhos de olhos minúsculos e graciosos, andam mesmo a mudar de tonalidade. A coisa pareceu-me quase uma provocação, mas longe estavam eles de saber que eu não tomo partido. A curiosidade levou-me a perguntar a razão do “fenómeno”. A empregada respondeu-me “é da papa, que eles comem para ficam daquela cor “. Ainda me perdi de amores por um casalinho, que me fez olhinhos apaixonados, mas tive que resistir, pois já me é difícil contar as patas que albergo por cá!
Reflectindo um pouco sobre o assunto, rapidamente se chega à conclusão, que, não seria de todo uma ideia absurda, pôr alguns rapazes a comerem desta papa; ou então outra, para ficarem rosados, que é, e está visto que vai continuar a ser, a cor dominante, para os próximos anos. Não?!
Há por aí uns mariolas, que já devem ter descoberto o segredo dos canários e volta não volta, comem da papa, consoante a necessidade.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A escolha de Sofia

Sofia fez a escolha certa. Há meses que tento seguir, a carreira rumo ao sucesso, que Sofia Escobar, está a fazer no Reino Unido. Talvez por gostar muito de musicais, mas também, porque a sua voz “mexeu comigo” na primeira vez que a ouvi.
Sofia já participou em vários musicais, com destaques naturais para “O Fantasma da Ópera” e “West side story”, por serem os mais conhecidos, e hoje mesmo, recebeu o prémio para melhor actriz musical, do ano, em Inglaterra.
É uma óptima sensação saber que venceu, mas ao mesmo tempo, uma pena saber que em Portugal não lhe deram o valor devido.
Hoje voltei a sentir que a nossa bandeira, sobe mais lá fora, do que cá dentro.

Scents of Light
O seu primeiro musical.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Paraísos!!!

Caimão tem forma de Bacalhau!!(seco)
Isto dava pano para mangas e divagações de todos os géneros. Como é sexta-feira, prefiro ficar só pela imagem da ilha quase deserta, mas muito "povoada".


E vou sonhando, enquanto não adormeço!!!

Fotos:Wikipédia e Homeaway.

R.G.

Éramos pequenas, mas cuidávamos ser grandes,
Éramos dependentes e ansiávamos não o ser.
Vivemos juntas parte da adolescência,
com pressa de chegar, com pressa de crescer.
Partilhamos o riso e as lágrimas
Sem pudor ou mágoas.
Demos segredo e confidência
Cobiçávamos a liberdade, mas sem perder a inocência…
E o que criámos, foi vida e uma amizade a valer.
Hoje passou mais um e também me lembrei de ti
Sei que por perto, ou distante, nunca te vou perder.!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Dura lex sem simplex!

Eu que me louvava de nunca ter sido “apanhada” nas malhas da prevaricação rodoviária; lá teria que ser um dia. Há uma primeira vez para tudo, hoje foi a minha.
Acho que nunca mostrei a carta a um “polícia” nunca fui apanhada em excesso de velocidade, nem nunca tinha sido multada por estacionamento irregular. Quando digo irregular, refiro-me a meter o carro e dar as costas, sem passar cartão ao parquímetro. Porque as horas apertavam, hoje assim o fiz. Dei um euro ao arrumador, que faz parte da prole que anda naquele local e fui à vida.
No regresso tinha uma figura de farda, à frente do meu carro, com bloco na mão e o meu pára-brisas já estava diferente.
- Boa tarde! Ainda cheguei a tempo ou não?
- Boa tarde. Não.
- Sabe é que vinha com pressa e nem meti a moeda.
- Pois, este carro já estava para ser multado há algum tempo; só que o arrumador meteu vinte cinco cêntimos no parquímetro, mas também já ultrapassou o tempo. (Ou seja a senhora esteve à coca, para me fazer a folha)
A multa, era de sete euros se eu pagasse nas próximas 48 horas, caso contrário, passaria a trinta.
A "vigilante" lá me explicou o que tinha de fazer, (você para aqui, você para acolá e eu que detesto o “você”) com duas opções, ou ir aos correios ou à sede da empresa. Optei pela última. Depois de andar ás voltas, quando cheguei para pagar, bati com o nariz na porta; já passava das quatro e meia. Ok. Vamos aos correios. Logo eu que abomino papéis e burocracias, tive que me render. No verso da dita multa, tive que contar quase toda a minha vida; nome do pai, mãe,estado civil, número disto, número daquilo, assina aqui e ali…porra. Mas paguei-a. Agora, espero pelo recibo.
Porque é que não há “um inteligente” que invente assim uma coisa básica, para resolver estas questões, sem perder o nosso vagar; um simplex por exemplo!??!!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"Sono arrabbiato"

Quando no final do século 19, Carlo Collodi, começou a publicar os pequenos capítulos da “Storia di un burattino”, estava longe de saber, que o seu narigudo bonequito de madeira, iria ser tão adorado pelas crianças, mas também, tão aproveitado pelos adultos para anedotas, para cartazes políticos e à pala disso, para debates num parlamento, de um país. Se eu tivesse um contacto com o “além”, já tinha ligado ao Carlo. Isto é lá coisa que se invente.? Um boneco, que 198 anos depois de ser criado, vem azucrinar o cérebro já tão ocupado, de um Primeiro Ministro… Não se faz!
Mas também não percebo porque é que o José, ficou tão abespinhado, com tal comparação? Será por causa do nariz a crescer?… Hum… não me parece; há outras coisas que crescem e ele não se deve aborrecer com elas.. Ou será que foi por causa, do adjectivo associado ao narizito? Também não me parece por aí. Até porque na política e ás vezes na vida fora dela, o que é mentira hoje, é mentira amanhã. .. Ou será que é, o que é verdade hoje é mentira manhã; ou o que é mentira hoje, é verdade amanhã? Whatever!!! É o sistema, é a conjuntura, são contingências…vá-se lá saber!!!!
Do debate de hoje no parlamento, pelo menos ficou a saber-se uma coisa: o José manda na JS. Se ele fosse “a outra senhora” não tinha deixado, os rapazes publicarem tal cartaz.. Por respeito, é obvio.
Por este andar ainda vamos ver o homem num mupi, como “Dirty Harry” cheio de pistolões. Para matar a crise…Claaaroo!!!

Voltaste!

Hoje acordei com ele. Foi uma sensação estranhamente agradável. Há muito que não o via, que não o sentia. Precisava de o ver, de o sentir. Abri a janela, deixei que entrasse sem cortina ou barreiras. Vesti-me e saí. Apeteceu-me dizer-lhe "olá,senti a tua falta; a tua ausência arrefeceu o meu animo e a minha pele. Bem vindo." Deixei que me tocasse, que me aquecesse e ainda o admiro do local onde estou.
O sol voltou, agora só me falta o mar!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Macio e perfumado

Excluindo as notícias da crise, dos colarinhos brancos, dos encardidos e do resto da política cá do burgo, está quase tudo como dantes. Mas hoje, a SIC mostrou-nos que existe uma empresa, em Viana do Castelo, que até está a ponderar alargar o investimento à Galiza. Ora, entre outras coisas, a empresa, fabrica papel higiénico! Dois milhões de rolos por dia??!!! Mesmo que a rameira da crise nos produza grandes dores de barriga, papel deste género, é coisa que não nos vai faltar. Apetecia-me dizer uma coisa feia…mas não digo. Para bom entendedor…

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Razoável

Foi mais um filme em que não consegui sair da sala, com aquela sensação de “peito cheio” de bom cinema. Quando digo “bom” refiro-me a um filme, que nos marca, que jamais esqueceremos, que nos lembramos sempre do nome. A Lista de Schindler, O Pianista, ou o meu preferido de sempre, O Paciente Inglês, são alguns exemplos. (Para mim, claro)
Provavelmente essa falta de sensação, ficará a dever-se ao facto de, já ter visto demasiados filmes sobre o Holocausto, a II Guerra Mundial e tentativas falhadas para assassinar Hitler.
É uma boa produção, com bons desempenhos, mas tinha outra expectativa em relação ao filme, que foi buscar o nome a uma das óperas que constituem "O Anel dos Nibelungos", de Richard Wagner.
Valquíria, surpreendeu-me apenas, porque, penso que pela primeira vez, vi “um Hitler” a falar como uma pessoa normal e não em berros tresloucados, como é habitual. Tem a mesma cara de irracional, aquele ar de quem destila puro veneno, mas, um tom de voz quase sempre moderado.

Galos e Poleiros

É só um exemplo do "déjà vu" de outros tempos. Vamos ter outros casos por aí.

"Litério Marques diz que é candidato à Câmara de Anadia pelo Partido Social Democrata.
A afirmação é feita pelo próprio em carta aberta dirigida aos munícipes anadienses e à qual JB teve acesso. (...)
Alegando que a candidatura à Câmara pelo PSD "conhece contornos nunca vistos", o autarca esclarece que a sua candidatura, resulta de um convite feito pela presidente do Partido, Manuela Ferreira Leite, a todos os autarcas em funções e que queiram recandidatar-se.
(...)
Acrescente-se ainda que esta tomada de posição surge na sequência da Assembleia de Secção do PSD de Anadia, realizada na última sexta-feira, cujo ponto único era "dar parecer sobre o candidato a Presidente da Câmara Municipal de Anadia". Um encontro que contou com participação de cerca de 150 militantes que, na sua maioria, votaram favoravelmente a proposta apresentada pela Concelhia, que indicava como candidato a presidente da Câmara Municipal José Manuel Ribeiro, presidente da Concelhia do Partido e da Assembleia Municipal. Dos votantes - 144 militantes -, 136 votaram favoravelmente a escolha de José Manuel Ribeiro, tendo-se registado 4 votos contra e 4 brancos."
in Jornal da Bairrada

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Há muito, muito tempo...

Ontem à noite ouvi José Cid, que actuou num novo equipamento da Bairrada. Em “casa” o velho trovador com 55 anos de carreira, abriu a sua actuação com uma balada escrita há cerca de um mês, intitulada “Tocas piano como quem faz amor”. O piano e o seu timbre, lembraram-me a voz que ouvia, enquanto crescia. Goste-se ou não, músicas como “A lenda d’El Rei D.Sebastião” ou “Vinte Anos”, ficarão para sempre na nossa memória. Na minha, vão ficar ligadas à infância.
Já não gostei tanto da incursão que fez pelo fado, acompanhado de guitarras de Coimbra, mas ontem não lhe faltaram aplausos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Compaixão

Hoje conheci o Marco. Corpo miúdo, tez pálida, doente, toxicodependente em tratamento e com recaídas. Tem 28 anos.
Apareceu-me meio a resmungar, no parque de estacionamento de um Hipermercado. Vinha danado com alguém que não lhe deu, o que ele quase suplicava. Surgiu, no momento em que eu começava a guardar a tralha comprada, na bagageira. Apressou-se a ajudar, não sem antes dizer um “boa tarde minha senhora”. Este tipo de abordagem é demasiado frequente em locais do género, e se, em muitas ocasiões é a necessidade que faz a atitude, noutras é puro engodo. Em meia dúzia de minutos, o Marco, contou-me praticamente a sua vida toda. Que anda a tratar-se, que hoje, já tinha “recaído“, que tem um filho pequeno, que tinha estado no tribunal a ser ouvido, que não tem Pai há 16 anos, que a mãe é “uma leviana”, que vive num quarto, que não tem emprego… As palavras escapavam rápidas e com uma fluência, que quase não me davam hipótese de dialogar. Não lhe dei conselhos, porque deve estar farto de os ouvir. Escutei-o e disse-lhe apenas que deveria pensar no filho e fazer um esforço para se curar. Pediu-me ajuda para pagar o suposto quarto onde vive. Dei-lhe cinco euros que era o dinheiro que tinha. Pegou-me na mão, apertou-a com força, ao ponto de as sentir quentes e fragosas. Agradeceu a minha paciência, para o ouvir. Logo a seguir, disse que ainda me queria pedir outro favor: “ três euros e meio para um maço de cigarros”. Disse-lhe que não, mas acabei por lhe entregar um resto de meia dúzia, que tinha comigo. Voltou a agradecer e ainda me ficou com o isqueiro. Ainda me pediu mais um favor. “O número do telemóvel para quando estiver aflito, possa ter alguém, com quem falar”. Aqui, não cedi. Disse-lhe que tinha pressa e que me ia embora. Voltou a pegar-me na mão: “A senhora tem um bom coração, deve ser muito feliz”. Troquei as palavras por um sorriso, para não ter de responder e entrei no carro. Dizer-lhe que sim, era mentir-lhe, porque o conceito de felicidade, a existir, varia de pessoa para pessoa. Dizer-lhe que não, era uma injustiça.
Regressei a casa a pensar nele. “Eu, vou para casa, ele para onde irá?” Consumir droga e continuar a consumir a sua curta vida, que poderá ter menos existência pela frente, do que, a que deixou para trás??? E quantos “Marcos” andam por aí e os que já não andam…!!!???

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O sim que é não e a falta de educação!

Já aqui falei “dela” por diversas ocasiões. Acho que nem vale a pena continuar a falar, porque as pessoas andam anestesiadas e nem param, para pensar nos seus actos. Mas como não sou de desistir, lá vem a EDUCAÇÃO outra vez. Ou melhor, a falta dela.
Será que é só por cá, ou lá por fora também se queixam do mesmo? Será que sou eu, que dou demasiado reparo a essas questões? Não sei, não tenho respostas.
A verdade é que, tenho presente que além daquilo que se trás do “berço”, apreendemos no percorrer da vida, maneiras de ser e estar, que nos ajudam a corrigir alguns erros. Eu penso assim. Comigo é assim. Aprendi com outros, mas aprendi sobretudo sozinha. Mas depois, aqui a “totózinha” faz figura de parva, por via de ainda acreditar ingenuamente na suposta educação, civismo e “palavra” do próximo.
Hoje, mais uma vez sob chuva e vento e também alguma trovoada, fiz-me à estrada mais a minha fiel companheira de quatro rodas, que me aguenta nas horas difíceis do alcatrão e me vai dando um bom som, para suportar tanto tempo ao volante.
Fizemos mais de duzentos quilómetros. O destino era a Norte, onde alguém me esperava para uma conversa. Cheguei ás cinco da tarde. Por estar no local de trabalho, esse alguém, disse que falava comigo, mas só ás 8, altura em que faria uma pausa para jantar. ok. Três horas de seca, mas concordei, porque contínuo a achar que tenho uma paciência infinita. Mas como sou também muito intuitiva e acho mesmo que tenho um “sétimo sentido” que ás vezes, me leva a pressentir as coisas, antes delas acontecerem, aquela espera, deixou-me assaz duvidosa. Mas como a fulana se comprometeu…esperei.
Ás 19h e 45m estava à porta do seu local de trabalho. Ela não estava. Uma colega disse que tinha ido jantar. A minha intuição, começava a confirmar-se. Esperei mais meia-hora. Quando a jovem apareceu, disse simplesmente que não falava comigo porque “já estava na hora dela”. A mim bastavam-me cinco minutos do seu tempo e da sua educação. Mas não. É claro, que lhe chamei a atenção para a falta de respeito que teve, sabendo que eu estava ali há três horas. Pela sua expressão, achei que se estava “marimbando” para mim e amanhã, tenho quase a certeza, que voltaria a fazer o mesmo.
Fiquei irritada, chamei-me de idiota um par de vezes e perdi uma tarde inteira. O regresso, que podia ser calmo, tranquilo e com trabalho feito, foi impaciente e revoltante, porque abomino as pessoas que são assim.
A ela não lhe serviu de nada o que aconteceu e provavelmente a mim também não. “Amanhã” vou ficar à espera de mais alguém, que disse que sim, mas que afinal, até é não.

Ria e Bahia

Já tinha referido o assunto aqui. Volto ao tema, porque gosto de Caetano. Agora, Aveiro, já tem letra.

A letra de “Menina da Ria”

Uma moça
De lá do outro lado da poça
Numa aparição transatlântica
Me encheu de elegante alegria
(Ai, Portugal, ovos-moles, Aveiro)
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria
E uma preta
(Parece que eu estou na Bahia)
Tão Linda quanto ela, dizia
No seu português lusitano:
“Pode o Caetano tirar uma foto?”
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria
Arte Nova, um prédio art-nouveau numa margem
Em frente à marina-miragem:
Os barcos na Ria. E depois
Uma taça sobre o pubis glabro, um estudo
Nenhum descalabro se tudo
É sexo sem sexo em nós dois
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria

in Diário de Aveiro
E lembrei-me do "Menino do rio...calor que provoca arrepio..."

Divagando...

Gostava de ser pássaro
passear pelo ar,
viajar,
voar,
pairar!
Gostava de ser pássaro,
ao encontro do destino,
do desconhecido,
do que me é merecido!
Gostava de ser pássaro,
para descobrir,
sentir,
voltar a sorrir.
Ás vezes gostava de ser pássaro,
adejar pelo deserto
sob traços de avião,
apanhar o rumo certo,
ser livre sem condição.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Libertação?Modificada?

Já vai para uns anos, que ando a tomar uma certa “droga”, entenda-se medicamento e não outra coisa, que por acaso até me faz algum proveito, digo eu. Embora não sendo para dormir, a verdade é que a dita, tomada ao deitar, é tiro e trambolhão.
A última vez que fui à farmácia, aviar receita, impingiram-me o mesmo medicamento, só que com uma caixa em tamanho triplicado e com mais um acrescento no nome, que incluía as letras XR.
Passaram-me pela cabeça os modelos dos automóveis…TDCI…TDI…Como fiquei curiosa, perguntei que raio era o XR. A farmacêutica explicou-me que eram de “libertação modificada” e acrescentou que demoravam mais tempo a fazer efeito, mas que esse mesmo efeito, também era mais prolongado. OK!?!? Ainda procurei mais sobre o assunto, por aqui, mas pouco encontrei. Desse pouco, o que diz a Wikipédia:”São cápsulas duras ou moles cujo conteúdo ou invólucro, ou ambos, foram alterados de forma a modificar a velocidade de libertação do fármaco ou local onde esta ocorre. Esta alteração consiste na adição de adjuvantes ou na modificação do método de preparação das cápsulas” Mais uma vez OK. Fiquei esclarecida.!?!
Libertação modificada. OK. Lá fui eu à espera de ficar mais liberta e modificada, que ás vezes bem preciso. Mas a verdade é que ou eu estou a ficar empedernida, ou a porra do comprimido está doente. De todas as vezes que o tomei…nada. Nem libertada nem modificada e foram noites sem dormir com a cabeça ás voltas na velha almofada de suma-a-uma. (nem sei se isto se escreve assim)
Tinha que sobrar para mim. Quando gosto de uma “coisa” ela acaba. Foi igual com as velhinhas Chicletes Adams, que por causa da mania dos “no sugar” extinguiram-se num ápice. Acho que fui eu que consumi os restos que havia nas prateleiras.
Hoje, depois de atormentada com o XR, voltei á farmácia e fiz questão de o dispensar. Voltei, é como quem diz, ao modelo antigo.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

The finish line...

Será que ainda existem Príncipes?

sábado, 31 de janeiro de 2009

Protesto!

Andava eu à procura do Livro de Reclamações Electrónico, do São Pedro, para registar o meu protesto contra a chuva, mas parece-me que a banda larga ainda não chegou lá acima e muito menos o Magalhães.
E porque é que Pedro, ganhou na razão popular, este atributo de controlar, o tempo que faz?
Pois, já sabemos que é ele que tem as chaves do Reino dos Céus e a razão parece residir nesta passagem do evangelho de Mateus, em que Jesus diz a Pedro:
“Eu te darei as chaves do Reino do Céu. Tudo o que ligares na terra, será também ligado no Céu. Tudo o que desligares na terra, será desligado no Céu.”

Será que o botão que desliga a chuva, avariou? Cá por baixo, se necessário for arranja-se técnico para consertar o dito. Mas continuar assim é que não!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Maldita cocaína...

Essa maldita coisa institucionalizada nacional e internacionalmente, chamada crise, está a tornar mais claros alguns fios de cabelo a muita gente. É ela que me tem tirado a liberdade temporal para vir aqui, mais vezes. Por causa dela, aumenta o trabalho para alguns de nós e o dia transforma-se num corre-corre, que não deixa tempo, para praticamente mais nada.
Há uma canção, intitulada “Alô, Alô Marciano” de Rita Lee e Roberto Carvalho, magistralmente interpretada por Elis Regina, que diz tão simplesmente “a crise tá virando zona” Eu diria que está virando mundo. A crise é como uma droga, sair da dependência , vai exigir muitos tratamentos. Dão-se alvíssaras a quem encontrar o antídoto, o veneno, qualquer coisa que mate este bicho.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ai se Camões tivesse internet!!!!!!!

O ser humano é estranho. Se não fosse, também seríamos todos conhecidos uns dos outros e a “coisa” deixaria de ter piada.
Por uma, ou por várias razões, “gostamos” ou não, de alguém, que nem sequer conhecemos, que nunca encontramos na rua, em suma, que não conhecemos mesmo. A televisão e também a rádio, mas mais a primeira, tem o condão de nos compelir a ajuizar sobre determinada pessoa. Por questões culturais, pela facilidade de comunicar, porque nos convence, ou não convence, pela voz, ou até pelo aspecto físico, (aparente) simpatizamos, ou não, com esse alguém. Já me aconteceu em variadas ocasiões.
Entre as ditas, aconteceu “engraçar” com um alguém, já com vários programas de índole cultural feitos na TV e também na rádio. O homem não sabe sequer que eu existo, mas a sua figura, deixou-me boa impressão. Um tipo de meia idade, cabelo grisalho, adorador de terras quentes com mares tranquilos, sempre de sorriso singelo, bom entrevistador, afável comunicador e também bom escritor. Vi e ouvi, muito do que lançou para o “ar”, captando o meu agrado.
Há alguns meses, descobri também que a dita pessoa, tinha e tem um blog, que leio regularmente, por todas as razões já apontadas.
Os blogs, servem para o que servem. Bons ou maus, a classificação é discutível e o grau de importância relativo. Mas terão sempre, um pouco da “personalidade” do, ou dos seus autores. Eu acho que sim.
E foi lá (no blog) que conheci mais um pouco dessa pessoa, que não sabe que eu existo, que não conheço, com a qual nunca me cruzei, ou seja, que conheço não conhecendo.
Num dos últimos “posts” que escreveu, comecei no entanto a descobrir, pequenos pormenores, que desmontaram parte da imagem, que eu tinha concebido. Pareceu-me existir “ali” algum “desarranjo” proveniente de alguém um pouco enfastiado, com o que ocorre na blogosfera. Acho que quase consegui “entreler“, que, se ele pudesse, abatia muitos dos escritos que andam por aí, alguns considerados ridículos. É uma opinião que naturalmente se aceita, mas a relatividade, está, aos olhos dos outros, em tudo que dizemos, fazemos ou escrevemos. Imaginem só, Luís Vaz de Camões, com um blog na Internet, a escrever:

“Quem diz que Amor é falso ou enganoso,
Ligeiro, ingrato, vão desconhecido,
Sem falta lhe terá bem merecido
Que lhe seja cruel ou rigoroso.
Quem o contrário diz não seja crido;
Seja por cego e apaixonado tido,
E aos homens, e inda aos Deuses, odioso.
Se males faz Amor em mim se vêem;
Em mim mostrando todo o seu rigor,
Ao mundo quis mostrar quanto podia.
Mas todas suas iras são de Amor;
Todos os seus males são um bem,
Que eu por todo outro bem não trocaria. “

Que diriam? Ridículo? Piroso? Sim ou não? Sabendo o que sabemos hoje, provavelmente, ninguém se atreveria.
Em conclusão, continuo a admirar e apreciar a dita figura, que não conheço, com a qual nunca me cruzei, que nem sabe que eu existo, mas…já tenho um mas.
E acabo como comecei. O ser humano é estranho. Atreve-se a ajuizar sem conhecer.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Vê se te avias...

"O Ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, inaugura o Centro Social da ARCOR e a sede da Junta de Freguesia de Ois da Ribeira (Águeda) no próximo dia 24 de Janeiro de 2009. O investimento total do empreendimento ultrapassa os 1,45 milhões de euros."

AGENDA AGENDA AGENDA AGENDA

Há que estrear as agendas de 2009. O ano mal começou e já existem muuuuuitas páginas escritas. Os governantes então, upa upa... O gasóleo está mais barato, por isso esta é a oportunidade ideal para ir conhecer o país real.... Ou será que isto tem alguma coisa a ver com Mário Lino??!!

"Obras públicas e eleições
Mário Lino pede a empresas calendário de inaugurações
O Ministério das Obras Públicas enviou e-mails para várias empresas e organismos públicos a exigir que lhe sejam enviadas todas as informações, com antecedência, sobre o calendário de inaugurações e outras iniciativas dessas mesmas empresas." SIC

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

De branco!

A neve de hoje fez-me fugir uns anos. Uns anos valentes, em que por aqui, o fenómeno, era visita comum no Inverno. Ouvia-a chamar o meu nome, ainda eu dormia e dizer “está tudo branquinho”. Era remédio santo para saltar da cama num ápice. Era dia sem escola. Dia de brincadeira. Era um dia feliz e eu não sabia.
A neve voltou, mas ela não me chamou…! Não foi dia de brincadeira. Não foi dia de…Não são dias…!!!!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Epígrafe

De palavras não sei. Apenas tento
desvendar o seu lento movimento
quando passam ao longo do que invento
como pre-feitos blocos de cimento.

De palavras não sei. Apenas quero
retomar-lhes o peso a consistência
e com elas erguer a fogo e ferro
um palácio de força e resistência.

De palavras não sei. Por isso canto
em cada uma apenas outro tanto
do que sinto por dentro quando as digo.

Palavra que me lavra. Alfaia escrava.
De mim próprio matéria bruta e brava
--- expressão da multidão que está comigo.

Ary dos Santos
Morreu no dia 18 de Janeiro de 1984.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Hope There's Someone


É realmente um bom som, para dois dias tranquilos.

Chesley Sullenberger


Perícia Habilidade Destreza Mestria Sabedoria Experiência Proficiência

aqui

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mais difícil que bomba atómica!!!!

Um destes dias alguém me perguntou, porque é que a “bombazina” se chama bombazina. Pois!? É daquelas coisas… sem resposta. O termo ficou-me na curiosidade e fui em busca da palavra mistério e sua origem. Mas o mistério, continuou porque quase nada encontrei, sobre aquele tecido macio, primo em terceiro grau do veludo.
Mas lá fui sabendo algo.
"Tecido de algodão de gramagem média a pesada, com riscas caneladas de pelo em relevo ao comprimento formados através do pelo da trama. O tecido de base no qual é inserida a trama tripla é em ponto de sarja ou ponto de tafetá. Fabricado em diversas gramagens e com o canelado em várias larguras. Os tipos mais leves são utilizados na confecção de vestuário de criança e de senhora, enquanto que os tipos mais pesados são utilizados em roupa desportiva e de trabalho. O termo inglês "corduroy" significa "veludo canelado ao comprimento"; é também conhecido por veludo de Manchester." de "http://pt.texsite.info/Bombazina"

Se é de lá,da city, onde joga o CR7, então vamos lá procurar. E descobri mais isto, na Wikipédia british.
"Corduroy is a textile composed of twisted fibers that, when woven, lie parallel (similar to twill) to one another to form the cloth's distinct pattern, a "cord." Modern corduroy is most commonly composed of tufted cords, sometimes exhibiting a channel (bare to the base fabric) between the tufts. The word "corduroy" can be used as a noun, a transitive verb, or an adjective. Corduroy is, in essence, a ridged form of velvet.
While the word "corduroy" would seem to have French origins, potentially derived from "corde du roi" (roughly translated as "cloth/cord of the king"), the phrase "corde du roi" is not French. In fact, an 1807 French list of manufactured articles includes an entry for "kings-cordes," apparently taken from English. Corduroy is believed to have been first produced in Manchester England, the world's first industrial city. Manchester was referred to as Cottonopolis because of the large number of cotton spinning mills located there."

E depois à cata de mais informação, sobre este assunto tão importante para a humanidade, ainda descobri que CORDUROY, também é nome de desenhos animados , baseados no livro “A Pocket of Corduroy” de Don Freeman e ainda de uma canção do Pearl Jam.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

"Um monte de sarilhos!"

Não sei que dizer ou pensar!!!!
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Patriarca alerta para perigos de casamentos com muçulmanos

O Cardeal Patriarca de Lisboa alertou as jovens portuguesas que o casamento com um muçulmano acarreta um “monte de sarilhos” devido ao fosso entre as duas culturas. D. José Policarpo considera que a comunidade cristã é muito ignorante em relação à muçulmana, sendo o conhecimento o primeiro passo para um diálogo, que considera “muito difícil”. A comunidade islâmica não comenta, para já, as declarações do cardeal.

“Só é possível dialogar com quem quer dialogar. Por exemplo, com os nossos irmãos muçulmanos o diálogo é muito difícil”, respondeu no encontro “125 minutos com Fátima Campos Ferreira”, realizado no auditório do Casino da Figueira da Foz.

“Estão a dar-se os primeiros passos, mas é muito difícil porque eles não admitem sequer”, disse, referindo-se à difícil relação com a crítica pela comunidade muçulmana. “A verdade deles é única e é toda”, afirmou.

O representante da igreja católica portuguesa junto do Vaticano considera que a comunidade muçulmana vê o diálogo com os cristãos como um método para demarcar o seu espaço, “como fazem os lobos na floresta”. D. José Policarpo acrescentou respeitar “estes espaços” muçulmanos, num país maioritariamente católico e considera que estão agora a dar-se “os primeiros passos” no diálogo entre diferentes religiões.

As relações do Patriarcado com a comunidade muçulmana de Lisboa, composta por 100 mil fiéis, “centrados à volta de três grandes mesquitas” são “habitualmente boas e muito simpáticas”.

A comunidade islâmica em Portugal não vai reagir, de momento, às declarações de D. José Policarpo. O líder religioso da comunidade, o sheik David Munir, respondeu que a resposta será dada em comunicado e só após ter falado com o Patriarcado.

Os responsáveis pela comunidade islâmica em Portugal confessam estar muito surpreendidos com as declarações do líder da igreja católica portuguesa.

Avisos contra casamentos entre católicos e muçulmanos

“Pensem duas vezes antes de casar com um muçulmanos. Nem Alá sabe onde é que acabam”, afirmou o cardeal, numa alusão às diferenças entre as duas religiões e respectivas tradições.

Este fosso será o principal factor que motiva o aviso “às jovens portuguesas: cautela com os amores”. Se "uma jovem europeia de formação cristã, se casa com um muçulmano, a primeira vez que vá para o país deles é sujeita ao regime das mulheres muçulmanas. Imagine-se lá!”, prosseguiu.

O Cardeal Patriarca referiu conhecer “casos dramáticos” de casamentos entre mulheres de formação cristã e homens muçulmanos.

Cristãos desconhecem fundamentos da religião muçulmana

Um dos principais entraves ao diálogo entre cristãos e muçulmanos é a ignorância relativamente a aspectos fundamentais da religião e que determinam posicionamentos de vida, considera D. José Policarpo.

“Nós somos muito ignorantes. Queremos dialogar com muçulmanos e não gastámos uma hora da nossa vida a perceber o que é que eles são. Quem é que, em Portugal, já leu o Alcorão?”, questionou o representante máximo da Igreja Católica em Portugal. “Se queremos dialogar com muçulmanos temos de saber o bê-a-bá da sua compreensão da vida, da sua fé. Portanto, a primeira coisa é conhecer melhor, respeitar”, sublinhou.

O conhecimento de princípios essenciais da comunidade muçulmana facilitaria muito até as relações religiosas. D.José Policarpo justificou esta opinião, dando como exemplo “um problema sério” que aconteceu na Cardeal de Colónia, Alemanha, cedida à comunidade muçulmana para uma cerimónia no Ramadão.

Após o “empréstimo”, a comunidade muçulmana não abdicava da Catedral de Colónia, tendo sido necessária a intervenção policial. “Os muçulmanos têm uma visão da sua religião em que o sítio onde se reúnem para rezar fica na posse deles. É o sítio onde Alá se encontrou com eles, portanto, mais ninguém pode rezar naquele sítio”, explicou.
RTP