segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Intermitências da Vida!

Volto ao tempo que é perdido, sentido, vazio;
Tempo na forma de não há-de, porque já é só saudade;
Forma de livro, de que não me livro, porque não me quero livrar;
Livro cheio, que me teima no meio;
De sensações, de lições, que são recordações;
Volto ao tempo para saber, que um dia pode ter mil, que um ano pode ser hostil;
Tempo amigo, inimigo, sombra de vida, espera comprida, sem retorno devido;
O tempo tira, o mesmo tempo que dá;
Existência, sorte, carência e morte;
Hora de chegar, hora de partir;
O tempo leva, mas deixa;
Sorrir, chorar;
Chover, raiar;
Um ano;
Ausência, nostalgia, deixar de fazer, o que fazia;
Deixar de repetir
Um ano de ver partir
Para junto de um Deus, que não deixou dizer adeus.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Un recuerdo!!


Eles vão andar por aí outra vez...

"Nunca" não existe!!!

Quando eu era pequenita, havia um programa, que não perdia, por nada, mesmo nada. Naquele dia, aquela hora, lá estava prostrada, em frente ao aparelho, a ver o espectáculo. Lembro-me de ir numa corrida para casa de uma tia, para ver em ecrã de cores.
Era o brilho, era o som, era a diversão, os equívocos, era tudo…tudo divertido.
Longe estava eu de adivinhar, que volvidos estes anos, acabaria por me ver envolvida, exactamente nesse projecto, que tanta atenção me captou no passado.
O tempo e consequente decorrer dos anos, são mesmo a melhor escola da vida.
Crescer é sinónimo de aprender, mas é igualmente uma espécie de bloqueador, de alguns pensamentos e palavras da mente e oratória. Um deles é obviamente NUNCA. Nunca dizer nunca, é praticamente um lema, que adoptei há anos, depois de involuntariamente ter engolido alguns. A vida e as situações, com que nos defrontamos levam-nos a isso. É claro que eu posso dizer, por exemplo, que “nunca me irei apaixonar, pelo…sei lá…pelo Paulo Bento.” Mas imaginem que “amanhã” me cruzo com o homem e até lhe acho piada!??? `É pouco provável (achar-lhe piada) e é só um exemplo…
A verdade, é que do degrau da idade, em que me encontro e que está longe (espero eu) do topo da escada, contínuo a ver, muita boa gente a dizer “eu nunca…isto, eu nunca aquilo”. Mas depois…
É o levar à letra, a velha máxima do “olhem para o que eu digo e não, para o que eu faço”.
É só mais uma reflexão e uma constatação, porque muitos dos nossos “nunca”, mais tarde ou mais cedo, ficarão como náufragos, perdidos nas palavras e razões.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Rosa

É das músicas mais tocantes do grande Ney. Hoje, que passam 42 anos sobre a morte de Robert Oppenheimer, o “arquitecto” da bomba atómica, apeteceu-me partilhar a Rosa de Hiroshima.

Tanto Mundo!


O mundo de Igor, tem tempestades, tem luz, tem chuva, tem sol, tem uma tímida estação intermédia, que não é Verão ou Inverno, mas que é um despertar, para um novo espaço temporal.
O Mundo de Igor tem tudo o que lá cabe.
O Igor é um jovem de 22 anos, alto, esguio, de olhos retraídos e corpo assustado. Há tão pouco tempo, mas já há tempo de uma vida, ainda que tão curta, quase o vi nascer e fui ouvindo a sua jornada.
Fez o percurso que tinha traçado, mas que julgaria por caminhos mais largos e menos tortuosos. Chutou algumas pedras, arredou obstáculos e ainda roga para que a porta se abra. Mas chegou, apesar da intempérie, chegou. Chegou para mostrar, que faz, que é capaz da arte. O seu sentir, a sua poesia, a sua maresia, a sua tormenta, está “No meu Mundo”.
O meu mundo é uma exposição de fotografia digital manipulada, disposta a ser fruída, na Unidade de Saúde Familiar, Infante D.Henrique, em Viseu
Está lá o Igor, estão lá muitos “Igors”, está lá, uma forma assimétrica de ver a existência, que o seu homónimo “Stravinski”, defendeu do lado da música, quando em 1913 compôs “A Sagrada Primavera”.
Que este seja o ínicio da sagração, da tua Primavera.

Um dia será!

Palmilho estradas,
montes, veredas,
palmilho terras pouco habitadas.

Percorro gente de toda a parte,
do indigente,
ao que faz arte.

Ouço aqui,
retrato além,
mas o tempo não me sorri.

Fico à espera!
Se não for hoje, é amanhã,
um dia será Primavera!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Os canários, a papa e a política?!

Hoje entrei numa loja de animais, que é mais passarada, do que de outra coisa e senti-me num estrondoso e “chilreento” comício do PSD.
Não…não estou a tentar ofender alguém, bem pelo contrário, pois quem está do lado de cá, acumula nos ombros uma cruzada eterna, em defesa da inteligência das quatro patas, muitas vezes não superada, pela dos que, só têm duas.
Voltando à loja, além de periquitos, papagaios, catatuas e rolas, havia sobretudo canários. Muitos canários. Laranja…quase todos laranja, à excepção de dois amarelitos, que mais pareciam uns enfezados no meio do “laranjal.” Das duas uma; ou eu ando distraída ou os malandrinhos de olhos minúsculos e graciosos, andam mesmo a mudar de tonalidade. A coisa pareceu-me quase uma provocação, mas longe estavam eles de saber que eu não tomo partido. A curiosidade levou-me a perguntar a razão do “fenómeno”. A empregada respondeu-me “é da papa, que eles comem para ficam daquela cor “. Ainda me perdi de amores por um casalinho, que me fez olhinhos apaixonados, mas tive que resistir, pois já me é difícil contar as patas que albergo por cá!
Reflectindo um pouco sobre o assunto, rapidamente se chega à conclusão, que, não seria de todo uma ideia absurda, pôr alguns rapazes a comerem desta papa; ou então outra, para ficarem rosados, que é, e está visto que vai continuar a ser, a cor dominante, para os próximos anos. Não?!
Há por aí uns mariolas, que já devem ter descoberto o segredo dos canários e volta não volta, comem da papa, consoante a necessidade.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A escolha de Sofia

Sofia fez a escolha certa. Há meses que tento seguir, a carreira rumo ao sucesso, que Sofia Escobar, está a fazer no Reino Unido. Talvez por gostar muito de musicais, mas também, porque a sua voz “mexeu comigo” na primeira vez que a ouvi.
Sofia já participou em vários musicais, com destaques naturais para “O Fantasma da Ópera” e “West side story”, por serem os mais conhecidos, e hoje mesmo, recebeu o prémio para melhor actriz musical, do ano, em Inglaterra.
É uma óptima sensação saber que venceu, mas ao mesmo tempo, uma pena saber que em Portugal não lhe deram o valor devido.
Hoje voltei a sentir que a nossa bandeira, sobe mais lá fora, do que cá dentro.

Scents of Light
O seu primeiro musical.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Paraísos!!!

Caimão tem forma de Bacalhau!!(seco)
Isto dava pano para mangas e divagações de todos os géneros. Como é sexta-feira, prefiro ficar só pela imagem da ilha quase deserta, mas muito "povoada".


E vou sonhando, enquanto não adormeço!!!

Fotos:Wikipédia e Homeaway.

R.G.

Éramos pequenas, mas cuidávamos ser grandes,
Éramos dependentes e ansiávamos não o ser.
Vivemos juntas parte da adolescência,
com pressa de chegar, com pressa de crescer.
Partilhamos o riso e as lágrimas
Sem pudor ou mágoas.
Demos segredo e confidência
Cobiçávamos a liberdade, mas sem perder a inocência…
E o que criámos, foi vida e uma amizade a valer.
Hoje passou mais um e também me lembrei de ti
Sei que por perto, ou distante, nunca te vou perder.!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Dura lex sem simplex!

Eu que me louvava de nunca ter sido “apanhada” nas malhas da prevaricação rodoviária; lá teria que ser um dia. Há uma primeira vez para tudo, hoje foi a minha.
Acho que nunca mostrei a carta a um “polícia” nunca fui apanhada em excesso de velocidade, nem nunca tinha sido multada por estacionamento irregular. Quando digo irregular, refiro-me a meter o carro e dar as costas, sem passar cartão ao parquímetro. Porque as horas apertavam, hoje assim o fiz. Dei um euro ao arrumador, que faz parte da prole que anda naquele local e fui à vida.
No regresso tinha uma figura de farda, à frente do meu carro, com bloco na mão e o meu pára-brisas já estava diferente.
- Boa tarde! Ainda cheguei a tempo ou não?
- Boa tarde. Não.
- Sabe é que vinha com pressa e nem meti a moeda.
- Pois, este carro já estava para ser multado há algum tempo; só que o arrumador meteu vinte cinco cêntimos no parquímetro, mas também já ultrapassou o tempo. (Ou seja a senhora esteve à coca, para me fazer a folha)
A multa, era de sete euros se eu pagasse nas próximas 48 horas, caso contrário, passaria a trinta.
A "vigilante" lá me explicou o que tinha de fazer, (você para aqui, você para acolá e eu que detesto o “você”) com duas opções, ou ir aos correios ou à sede da empresa. Optei pela última. Depois de andar ás voltas, quando cheguei para pagar, bati com o nariz na porta; já passava das quatro e meia. Ok. Vamos aos correios. Logo eu que abomino papéis e burocracias, tive que me render. No verso da dita multa, tive que contar quase toda a minha vida; nome do pai, mãe,estado civil, número disto, número daquilo, assina aqui e ali…porra. Mas paguei-a. Agora, espero pelo recibo.
Porque é que não há “um inteligente” que invente assim uma coisa básica, para resolver estas questões, sem perder o nosso vagar; um simplex por exemplo!??!!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"Sono arrabbiato"

Quando no final do século 19, Carlo Collodi, começou a publicar os pequenos capítulos da “Storia di un burattino”, estava longe de saber, que o seu narigudo bonequito de madeira, iria ser tão adorado pelas crianças, mas também, tão aproveitado pelos adultos para anedotas, para cartazes políticos e à pala disso, para debates num parlamento, de um país. Se eu tivesse um contacto com o “além”, já tinha ligado ao Carlo. Isto é lá coisa que se invente.? Um boneco, que 198 anos depois de ser criado, vem azucrinar o cérebro já tão ocupado, de um Primeiro Ministro… Não se faz!
Mas também não percebo porque é que o José, ficou tão abespinhado, com tal comparação? Será por causa do nariz a crescer?… Hum… não me parece; há outras coisas que crescem e ele não se deve aborrecer com elas.. Ou será que foi por causa, do adjectivo associado ao narizito? Também não me parece por aí. Até porque na política e ás vezes na vida fora dela, o que é mentira hoje, é mentira amanhã. .. Ou será que é, o que é verdade hoje é mentira manhã; ou o que é mentira hoje, é verdade amanhã? Whatever!!! É o sistema, é a conjuntura, são contingências…vá-se lá saber!!!!
Do debate de hoje no parlamento, pelo menos ficou a saber-se uma coisa: o José manda na JS. Se ele fosse “a outra senhora” não tinha deixado, os rapazes publicarem tal cartaz.. Por respeito, é obvio.
Por este andar ainda vamos ver o homem num mupi, como “Dirty Harry” cheio de pistolões. Para matar a crise…Claaaroo!!!

Voltaste!

Hoje acordei com ele. Foi uma sensação estranhamente agradável. Há muito que não o via, que não o sentia. Precisava de o ver, de o sentir. Abri a janela, deixei que entrasse sem cortina ou barreiras. Vesti-me e saí. Apeteceu-me dizer-lhe "olá,senti a tua falta; a tua ausência arrefeceu o meu animo e a minha pele. Bem vindo." Deixei que me tocasse, que me aquecesse e ainda o admiro do local onde estou.
O sol voltou, agora só me falta o mar!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Macio e perfumado

Excluindo as notícias da crise, dos colarinhos brancos, dos encardidos e do resto da política cá do burgo, está quase tudo como dantes. Mas hoje, a SIC mostrou-nos que existe uma empresa, em Viana do Castelo, que até está a ponderar alargar o investimento à Galiza. Ora, entre outras coisas, a empresa, fabrica papel higiénico! Dois milhões de rolos por dia??!!! Mesmo que a rameira da crise nos produza grandes dores de barriga, papel deste género, é coisa que não nos vai faltar. Apetecia-me dizer uma coisa feia…mas não digo. Para bom entendedor…

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Razoável

Foi mais um filme em que não consegui sair da sala, com aquela sensação de “peito cheio” de bom cinema. Quando digo “bom” refiro-me a um filme, que nos marca, que jamais esqueceremos, que nos lembramos sempre do nome. A Lista de Schindler, O Pianista, ou o meu preferido de sempre, O Paciente Inglês, são alguns exemplos. (Para mim, claro)
Provavelmente essa falta de sensação, ficará a dever-se ao facto de, já ter visto demasiados filmes sobre o Holocausto, a II Guerra Mundial e tentativas falhadas para assassinar Hitler.
É uma boa produção, com bons desempenhos, mas tinha outra expectativa em relação ao filme, que foi buscar o nome a uma das óperas que constituem "O Anel dos Nibelungos", de Richard Wagner.
Valquíria, surpreendeu-me apenas, porque, penso que pela primeira vez, vi “um Hitler” a falar como uma pessoa normal e não em berros tresloucados, como é habitual. Tem a mesma cara de irracional, aquele ar de quem destila puro veneno, mas, um tom de voz quase sempre moderado.

Galos e Poleiros

É só um exemplo do "déjà vu" de outros tempos. Vamos ter outros casos por aí.

"Litério Marques diz que é candidato à Câmara de Anadia pelo Partido Social Democrata.
A afirmação é feita pelo próprio em carta aberta dirigida aos munícipes anadienses e à qual JB teve acesso. (...)
Alegando que a candidatura à Câmara pelo PSD "conhece contornos nunca vistos", o autarca esclarece que a sua candidatura, resulta de um convite feito pela presidente do Partido, Manuela Ferreira Leite, a todos os autarcas em funções e que queiram recandidatar-se.
(...)
Acrescente-se ainda que esta tomada de posição surge na sequência da Assembleia de Secção do PSD de Anadia, realizada na última sexta-feira, cujo ponto único era "dar parecer sobre o candidato a Presidente da Câmara Municipal de Anadia". Um encontro que contou com participação de cerca de 150 militantes que, na sua maioria, votaram favoravelmente a proposta apresentada pela Concelhia, que indicava como candidato a presidente da Câmara Municipal José Manuel Ribeiro, presidente da Concelhia do Partido e da Assembleia Municipal. Dos votantes - 144 militantes -, 136 votaram favoravelmente a escolha de José Manuel Ribeiro, tendo-se registado 4 votos contra e 4 brancos."
in Jornal da Bairrada

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Há muito, muito tempo...

Ontem à noite ouvi José Cid, que actuou num novo equipamento da Bairrada. Em “casa” o velho trovador com 55 anos de carreira, abriu a sua actuação com uma balada escrita há cerca de um mês, intitulada “Tocas piano como quem faz amor”. O piano e o seu timbre, lembraram-me a voz que ouvia, enquanto crescia. Goste-se ou não, músicas como “A lenda d’El Rei D.Sebastião” ou “Vinte Anos”, ficarão para sempre na nossa memória. Na minha, vão ficar ligadas à infância.
Já não gostei tanto da incursão que fez pelo fado, acompanhado de guitarras de Coimbra, mas ontem não lhe faltaram aplausos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Compaixão

Hoje conheci o Marco. Corpo miúdo, tez pálida, doente, toxicodependente em tratamento e com recaídas. Tem 28 anos.
Apareceu-me meio a resmungar, no parque de estacionamento de um Hipermercado. Vinha danado com alguém que não lhe deu, o que ele quase suplicava. Surgiu, no momento em que eu começava a guardar a tralha comprada, na bagageira. Apressou-se a ajudar, não sem antes dizer um “boa tarde minha senhora”. Este tipo de abordagem é demasiado frequente em locais do género, e se, em muitas ocasiões é a necessidade que faz a atitude, noutras é puro engodo. Em meia dúzia de minutos, o Marco, contou-me praticamente a sua vida toda. Que anda a tratar-se, que hoje, já tinha “recaído“, que tem um filho pequeno, que tinha estado no tribunal a ser ouvido, que não tem Pai há 16 anos, que a mãe é “uma leviana”, que vive num quarto, que não tem emprego… As palavras escapavam rápidas e com uma fluência, que quase não me davam hipótese de dialogar. Não lhe dei conselhos, porque deve estar farto de os ouvir. Escutei-o e disse-lhe apenas que deveria pensar no filho e fazer um esforço para se curar. Pediu-me ajuda para pagar o suposto quarto onde vive. Dei-lhe cinco euros que era o dinheiro que tinha. Pegou-me na mão, apertou-a com força, ao ponto de as sentir quentes e fragosas. Agradeceu a minha paciência, para o ouvir. Logo a seguir, disse que ainda me queria pedir outro favor: “ três euros e meio para um maço de cigarros”. Disse-lhe que não, mas acabei por lhe entregar um resto de meia dúzia, que tinha comigo. Voltou a agradecer e ainda me ficou com o isqueiro. Ainda me pediu mais um favor. “O número do telemóvel para quando estiver aflito, possa ter alguém, com quem falar”. Aqui, não cedi. Disse-lhe que tinha pressa e que me ia embora. Voltou a pegar-me na mão: “A senhora tem um bom coração, deve ser muito feliz”. Troquei as palavras por um sorriso, para não ter de responder e entrei no carro. Dizer-lhe que sim, era mentir-lhe, porque o conceito de felicidade, a existir, varia de pessoa para pessoa. Dizer-lhe que não, era uma injustiça.
Regressei a casa a pensar nele. “Eu, vou para casa, ele para onde irá?” Consumir droga e continuar a consumir a sua curta vida, que poderá ter menos existência pela frente, do que, a que deixou para trás??? E quantos “Marcos” andam por aí e os que já não andam…!!!???

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O sim que é não e a falta de educação!

Já aqui falei “dela” por diversas ocasiões. Acho que nem vale a pena continuar a falar, porque as pessoas andam anestesiadas e nem param, para pensar nos seus actos. Mas como não sou de desistir, lá vem a EDUCAÇÃO outra vez. Ou melhor, a falta dela.
Será que é só por cá, ou lá por fora também se queixam do mesmo? Será que sou eu, que dou demasiado reparo a essas questões? Não sei, não tenho respostas.
A verdade é que, tenho presente que além daquilo que se trás do “berço”, apreendemos no percorrer da vida, maneiras de ser e estar, que nos ajudam a corrigir alguns erros. Eu penso assim. Comigo é assim. Aprendi com outros, mas aprendi sobretudo sozinha. Mas depois, aqui a “totózinha” faz figura de parva, por via de ainda acreditar ingenuamente na suposta educação, civismo e “palavra” do próximo.
Hoje, mais uma vez sob chuva e vento e também alguma trovoada, fiz-me à estrada mais a minha fiel companheira de quatro rodas, que me aguenta nas horas difíceis do alcatrão e me vai dando um bom som, para suportar tanto tempo ao volante.
Fizemos mais de duzentos quilómetros. O destino era a Norte, onde alguém me esperava para uma conversa. Cheguei ás cinco da tarde. Por estar no local de trabalho, esse alguém, disse que falava comigo, mas só ás 8, altura em que faria uma pausa para jantar. ok. Três horas de seca, mas concordei, porque contínuo a achar que tenho uma paciência infinita. Mas como sou também muito intuitiva e acho mesmo que tenho um “sétimo sentido” que ás vezes, me leva a pressentir as coisas, antes delas acontecerem, aquela espera, deixou-me assaz duvidosa. Mas como a fulana se comprometeu…esperei.
Ás 19h e 45m estava à porta do seu local de trabalho. Ela não estava. Uma colega disse que tinha ido jantar. A minha intuição, começava a confirmar-se. Esperei mais meia-hora. Quando a jovem apareceu, disse simplesmente que não falava comigo porque “já estava na hora dela”. A mim bastavam-me cinco minutos do seu tempo e da sua educação. Mas não. É claro, que lhe chamei a atenção para a falta de respeito que teve, sabendo que eu estava ali há três horas. Pela sua expressão, achei que se estava “marimbando” para mim e amanhã, tenho quase a certeza, que voltaria a fazer o mesmo.
Fiquei irritada, chamei-me de idiota um par de vezes e perdi uma tarde inteira. O regresso, que podia ser calmo, tranquilo e com trabalho feito, foi impaciente e revoltante, porque abomino as pessoas que são assim.
A ela não lhe serviu de nada o que aconteceu e provavelmente a mim também não. “Amanhã” vou ficar à espera de mais alguém, que disse que sim, mas que afinal, até é não.

Ria e Bahia

Já tinha referido o assunto aqui. Volto ao tema, porque gosto de Caetano. Agora, Aveiro, já tem letra.

A letra de “Menina da Ria”

Uma moça
De lá do outro lado da poça
Numa aparição transatlântica
Me encheu de elegante alegria
(Ai, Portugal, ovos-moles, Aveiro)
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria
E uma preta
(Parece que eu estou na Bahia)
Tão Linda quanto ela, dizia
No seu português lusitano:
“Pode o Caetano tirar uma foto?”
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria
Arte Nova, um prédio art-nouveau numa margem
Em frente à marina-miragem:
Os barcos na Ria. E depois
Uma taça sobre o pubis glabro, um estudo
Nenhum descalabro se tudo
É sexo sem sexo em nós dois
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria

in Diário de Aveiro
E lembrei-me do "Menino do rio...calor que provoca arrepio..."

Divagando...

Gostava de ser pássaro
passear pelo ar,
viajar,
voar,
pairar!
Gostava de ser pássaro,
ao encontro do destino,
do desconhecido,
do que me é merecido!
Gostava de ser pássaro,
para descobrir,
sentir,
voltar a sorrir.
Ás vezes gostava de ser pássaro,
adejar pelo deserto
sob traços de avião,
apanhar o rumo certo,
ser livre sem condição.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Libertação?Modificada?

Já vai para uns anos, que ando a tomar uma certa “droga”, entenda-se medicamento e não outra coisa, que por acaso até me faz algum proveito, digo eu. Embora não sendo para dormir, a verdade é que a dita, tomada ao deitar, é tiro e trambolhão.
A última vez que fui à farmácia, aviar receita, impingiram-me o mesmo medicamento, só que com uma caixa em tamanho triplicado e com mais um acrescento no nome, que incluía as letras XR.
Passaram-me pela cabeça os modelos dos automóveis…TDCI…TDI…Como fiquei curiosa, perguntei que raio era o XR. A farmacêutica explicou-me que eram de “libertação modificada” e acrescentou que demoravam mais tempo a fazer efeito, mas que esse mesmo efeito, também era mais prolongado. OK!?!? Ainda procurei mais sobre o assunto, por aqui, mas pouco encontrei. Desse pouco, o que diz a Wikipédia:”São cápsulas duras ou moles cujo conteúdo ou invólucro, ou ambos, foram alterados de forma a modificar a velocidade de libertação do fármaco ou local onde esta ocorre. Esta alteração consiste na adição de adjuvantes ou na modificação do método de preparação das cápsulas” Mais uma vez OK. Fiquei esclarecida.!?!
Libertação modificada. OK. Lá fui eu à espera de ficar mais liberta e modificada, que ás vezes bem preciso. Mas a verdade é que ou eu estou a ficar empedernida, ou a porra do comprimido está doente. De todas as vezes que o tomei…nada. Nem libertada nem modificada e foram noites sem dormir com a cabeça ás voltas na velha almofada de suma-a-uma. (nem sei se isto se escreve assim)
Tinha que sobrar para mim. Quando gosto de uma “coisa” ela acaba. Foi igual com as velhinhas Chicletes Adams, que por causa da mania dos “no sugar” extinguiram-se num ápice. Acho que fui eu que consumi os restos que havia nas prateleiras.
Hoje, depois de atormentada com o XR, voltei á farmácia e fiz questão de o dispensar. Voltei, é como quem diz, ao modelo antigo.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

The finish line...

Será que ainda existem Príncipes?