Bem sei que vivemos em liberdade se é que existe a expressão viver “em”, mas acho que a liberdade da liberdade, está a ir “longe demais “. Estou certa que em muitos casos, o exagero só acontece porque está lá uma câmara de filmar e um microfone. Para quem conhece os meandros destas coisas, sabe que é assim.
Censurando eu de imediato todo o valor intrínseco à palavra censura, acho no entanto que há opiniões, que não contribuem para coisa alguma.
Nem tudo o que se ouve é aproveitável.
Por pensar desta forma, fiquei chocada com o que ouvi hoje, na televisão, a propósito da manifestação dos estivadores em Lisboa. Com ou sem penetras no protesto, o que passou na TV, mais concretamente na SIC, (onde eu vi, mas sobretudo ouvi) é de um profundo mau gosto. Se existem sons e imagens que por si só dão força e engrandecem uma reportagem, há outros, que confirmam apenas a expressão do “vale tudo”.
Liberdade de expressão começa cada vez mais a ser sinónimo de banalização, calúnia, difamação e vulgaridade.
“Apesar de muitas vezes associarmos o conceito de liberdade à decisão e determinação constante, esta não será bem assim, já que a nossa vida é condicionada a cada ousadia e passo. A deliberação está então conduzida pelo envolvente humano, no qual se inserem as leis físicas e químicas, biológicas e psicológicas. Caso contrário passa a chamar-se libertinagem. Associada à liberdade, está também a noção de responsabilidade, já que o acto de ser livre implica assumir o conjunto dos nossos actos e saber responder por eles.”
Bento de Espinoza
Wikipédia
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