sábado, 22 de agosto de 2009

Provavelmente

De longe vêm ecos de uma qualquer festança, que faz gente escoar despojos de um presente que serão também os do futuro.
A noite vai longa, mas o repouso do sol não chega para amainar os corpos que teimam acesos.
Um degrau, um tecto de estrelas e o imenso silêncio chegam para levitar por segundos e para voltar a ouvir em surdina a mesma interrogação que me faz escolta. Onde é que eu parei? Onde fiquei?
Estou aqui mas falta uma parte de mim! Todos os dias desconjugo os verbos e dou nega à negação para de uma forma abstracta esquecer o hiato. Provavelmente será a tal crise da meia idade, que em desconformidade, não trás respostas, mas apenas, mais dúvidas.
Provavelmente não há crise alguma e é mesmo assim.
Provavelmente!?

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