QUATRO MESES!

O tempo passa e não passa.
Tantas vezes ele passa a correr, que nem damos por ele e afinal, quase nos esquecemos de viver.
Quantas vezes ele passa e parece não ter passado, porque ficou algures enterrado, esquecido ou por saber!
Quantas vezes ele nos surpreende por ter passado tão fugazmente!
Este é o tempo quase irreal, que fugiu de nós num instante, incapaz de perdoar e que só nos obriga a seguir por diante!
Mas há o tempo real, que dói e não faz cedência, que põe chuva num dia de sol,
que faz pesar a ausência.
Um tempo da saudade, do conselho que ficou por dar, da conversa sem retorno, das lágrimas que apetecem chorar, um tempo que não passa com a idade!
Afinal o tempo passa e não passa.