Voltei a folhear o livro do destino. Já diversas vezes peguei nele para avivar a lembrança do que já foi. Do que ficou. Do que já está escrito.
Nele cabem os que me são próximos, alguns que me são distantes e outros que invadiram por bem as minhas raízes sentimentais. Neste livro há páginas que já quase não consigo ler; o valor da sua significância irrisória voltou a branquear o papel que agora não passa de uma marca em claro.
Outras, porém, continuam num “negrito” indelével que nem mil anos vão conseguir apagar.
Voltei a ler a história de duas pessoas que me invadiram por bem , já lá vão uns anos. Voltei a constatar que fazem parte da folhagem dourada deste volume, que se escreve a cada dia, só com passado, por vezes demasiado pesado e quase duplicado. Apeteceu-me riscar alguns capítulos, ter poder de censura, bani-los mesmo e por em seu lugar algo menos custado e dorido.
Revivi velhas histórias e pensei que pensava nesse tempo, que o amanhã, agora já passado, haveria de ser melhor…mas ainda não é.
Os sentimentos que mais buscamos na vida e que supostamente nos deveriam fazer felizes, têm sido demasiado efémeros para essas duas pessoas; demasiado marcantes e ignorantes por não verem o que estão a menosprezar.
Vou continuar como antes. A pensar que sim. Um dia haveremos de ler estas páginas douradas e chegar à conclusão que afinal, o melhor ainda estaria para vir.
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