quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tem que ser até amanhã.

Está escuro. É de noite. É tarde. Lá fora está frio e apenas escuto o silêncio da noite interrompido por pingos de chuva que acordam as minhas telhas. Já devia estar a dormir, mas estou aqui. Como formigas à procura de alimento, os meus dedos demandam as letras que toco. O que escrevo é apenas o sentir do agora, do estar num muro alto, sobre areias movediças. O coração aumenta o ritmo e há uma dor que não é física mas dói. Não é novidade; já passei por ela noutros capítulos e passei. Também agora vou passar; o amanhã, o logo, vai confirmar o meu intento. O eu positivo diz que assim vai ser. Vou fazer shutdonw nas letras e nos meus dedos. Apago a luz, os pensamentos e deixo que o sono me leve até ao que vai ser.

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