terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Cio...

Ontem aconteceu-me uma, como há muito não acontecia. Fez lembrar “os velhos tempos” dos chats, onde se apanhava de tudo desde “constipações a esquentamentos”.
Há uns tempos apareceu-me no messenger, “alguém” a querer adicionar-me. Tinha nome de mulher, pensei que fosse gente conhecida e dei Ok.
Mal sabia eu a atolambada, que me iria sair na rifa.
Ontem assim que me liguei ao serviço, lá apareceu a dita criatura.
- Olá tudo bem?
- Olá tudo bem. Quem és?.
- Então, sou a Sofia de Braga!
Lembrei-me de imediato de um colega que tenho em Bragança, genuíno, puro transmontano, que lhe teria dito de imediato “nem de Braga nem do c….não te conheço”, e a coisa acabaria por ali. Mas como nem sempre, as minhas palavras e gestos, avançam em consonância com o meu cérebro, ( a última vez que isso me aconteceu, fiz um pirete a um gajo que me apitou numa rotunda) continuei a falar educadamente com a “rapariga”, que disparou um chorrilho de perguntas; onde estás? quantos tens? o que fazes?…blá, blá,blá.
Respondi-lhe rodeando a maioria por alto, enquanto ela me contava que era engenheira e que estava casada há três anos. Disse-lhe que com esse tempo, ainda estaria em lua de mel, ao que respondeu “ou não!”
(ela) - E o que fazes nos tempos livres?
(eu) - Sei lá coisas normais; vou a ao cinema, escrevo, gosto de ir ver o mar…
(ela) - Ai o mar. Também gosto muito, sobretudo quando estou bem acompanhada.
(eu) - Ok, mas eu gosto sozinha.
Chegado a este ponto da conversa, já eu me tinha sentido como naquele “restaurante barato” onde ás vezes ia almoçar. Ouvia-se Kizomba de manhã à noite sempre em altos berros e a ementa era quase sempre e só, maminha de porco. Kizoma, maminha, maminha, kizomba; fartei-me e nunca mais lá fui. Ainda hoje quando me cruzo na rua com a dona do dito estabelecimento, ouço aquela música “faz amor comigo, faz amor comigo, me tira desta solidão…” Não há pachorra.
O mesmo aconteceu com a “amiga” de Braga, mais do mesmo. As perguntas delas assumiram uma espécie de ataque cerrado em torno do tema “sexo” que valha-me Deus. Se eu gostava de sexo, se já tinha traído, quantas vezes “fazia” por semana….Respondi-lhe um basta em letras gordas, não sem antes ela me dizer que tinha dois amigos “especiais”. ok que bom para ti. Mas chega.
(ela) - Mas eu falo da minha vida na boa!”
(eu) - Pois, mas eu não.
Acho que amuou. Não perguntou mais nada.
Ainda me apeteceu dizer-lhe para meter os dedos numa ficha eléctrica, para se acalmar… mas não disse.
Não sei se era de Braga, se era mesmo mulher e se o seu nome era Sofia. Não me interessa. Mas era chata e parecia querer vender alguma coisa, tipo “conto do vigário sexual”. Eu não compro.

Sem comentários: