Já aqui falei “dela” por diversas ocasiões. Acho que nem vale a pena continuar a falar, porque as pessoas andam anestesiadas e nem param, para pensar nos seus actos. Mas como não sou de desistir, lá vem a EDUCAÇÃO outra vez. Ou melhor, a falta dela.
Será que é só por cá, ou lá por fora também se queixam do mesmo? Será que sou eu, que dou demasiado reparo a essas questões? Não sei, não tenho respostas.
A verdade é que, tenho presente que além daquilo que se trás do “berço”, apreendemos no percorrer da vida, maneiras de ser e estar, que nos ajudam a corrigir alguns erros. Eu penso assim. Comigo é assim. Aprendi com outros, mas aprendi sobretudo sozinha. Mas depois, aqui a “totózinha” faz figura de parva, por via de ainda acreditar ingenuamente na suposta educação, civismo e “palavra” do próximo.
Hoje, mais uma vez sob chuva e vento e também alguma trovoada, fiz-me à estrada mais a minha fiel companheira de quatro rodas, que me aguenta nas horas difíceis do alcatrão e me vai dando um bom som, para suportar tanto tempo ao volante.
Fizemos mais de duzentos quilómetros. O destino era a Norte, onde alguém me esperava para uma conversa. Cheguei ás cinco da tarde. Por estar no local de trabalho, esse alguém, disse que falava comigo, mas só ás 8, altura em que faria uma pausa para jantar. ok. Três horas de seca, mas concordei, porque contínuo a achar que tenho uma paciência infinita. Mas como sou também muito intuitiva e acho mesmo que tenho um “sétimo sentido” que ás vezes, me leva a pressentir as coisas, antes delas acontecerem, aquela espera, deixou-me assaz duvidosa. Mas como a fulana se comprometeu…esperei.
Ás 19h e 45m estava à porta do seu local de trabalho. Ela não estava. Uma colega disse que tinha ido jantar. A minha intuição, começava a confirmar-se. Esperei mais meia-hora. Quando a jovem apareceu, disse simplesmente que não falava comigo porque “já estava na hora dela”. A mim bastavam-me cinco minutos do seu tempo e da sua educação. Mas não. É claro, que lhe chamei a atenção para a falta de respeito que teve, sabendo que eu estava ali há três horas. Pela sua expressão, achei que se estava “marimbando” para mim e amanhã, tenho quase a certeza, que voltaria a fazer o mesmo.
Fiquei irritada, chamei-me de idiota um par de vezes e perdi uma tarde inteira. O regresso, que podia ser calmo, tranquilo e com trabalho feito, foi impaciente e revoltante, porque abomino as pessoas que são assim.
A ela não lhe serviu de nada o que aconteceu e provavelmente a mim também não. “Amanhã” vou ficar à espera de mais alguém, que disse que sim, mas que afinal, até é não.
2 comentários:
Nós por cá chamamos-lhe falta de chá - seja ele um modesto chá de limão ou um mais elegante Darjeeling.
Costumo dizer para os botões da minha túnica que um pouquinho de educação e respeito pelo próximo não custam um sestércio e trazem a tiracolo bons frutos. Pena que muitos façam da existência uma sobranceria hostil.
Ave Caesar
Ás vezes apetecia-me ter uma “guarda pretoriana” só para mim.
Haveria de me proteger, desses muitos que não “bebem chá”.
Mas como não tenho…
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