São pequenas recordações de infância que ficam para a vida. Agora passados muitos anos, descobri aqui, a história da famosa Crónica Feminina. Lembro-me de a ver todas as semanas lá em casa; lembro-me da curiosidade de catraia reguila, que folheava, e voltava a folhear, para no fim as comer…literalmente. Lembro-me de ser descoberta a devorar a revista e prestes a chegar aos agrafos. Valeu a intervenção atempada “dela” que estava sempre por perto e atenta ás minhas constantes diabruras.
O nº1 da Crónica Feminina saiu a 29 de Novembro de 1956 com Milai Bensabat como Directora e Editora (terá sido a primeira vez que as duas funções foram exercidas pela mesma pessoa numa publicação da Agência) e Maria Carlota Álvares da Guerra como Chefe da Redacção. A revista tinha originalmente 32 páginas de um conteúdo ecléctico a um preço verdadeiramente popular: 1$50. Apesar das tiragens serem inicialmente baixas, a procura ia sempre subindo: tinha sido encontrada uma fórmula vencedora.
A Crónica Feminina, viveria para fazer história atingindo, nos anos 60, uma tiragem inusitada de 150.000 exemplares semanais, tendo sido o veículo para a divulgação das fotonovelas em Portugal, e representando, só em publicidade, uma receita astronómica que em 1965 ultrapassava os 2.000 contos anuais.
Sem comentários:
Enviar um comentário