segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A nacional estupidez

Há coisas que me impressionam e a estupidez é uma delas. Segundo a Wikipédia, “estupidez é a qualidade ou condição de ser estúpido, ou a falta de inteligência, ao contrário de ser meramente ignorante ou inculto. Esta qualidade pode ser atribuída às acções do indivíduo, palavras ou crenças. O termo também pode referir-se ao uso inadequado do juízo, ou insensibilidade a nuances, por uma pessoa que se julga inteligente. “
Nem mais. É matéria, na qual o país não pode queixar-se de ter deficit, bem pelo contrário; é uma espécie de “conceito nacional” ao qual aderiram alguns milhões, que à boa maneira “tuga” se julgam melhores que o vizinho do lado, mais espertos que o automobilistas com que se cruzam e mais acordados do que o gajo que acabou de ficar para trás na fila.
Vou ter que “voltar” à estrada e à forma como se circula por aí, para demonstrar que a inteligência que alguns acusam ser portadores, não passa de uma patetice deplorável.
Nos últimos dias, fruto das condições climatéricas adversas, está bom de ver que a circulação nas estradas deveria ser mais contida e com atenção a pequenos pormenores que por vezes até deixamos de lado. Mas não. Eles lá estavam na maior. Se a auto-estrada é para dar até 120 Km/h, “nós vamos a 140 e mais”. Haja neve, gelo, nevoeiro, o que for, eles lá vão sentados no trono “dos maiores”, porque os outros é que são nabos. Acender os médios de dia, nem pensar e a luz de nevoeiro, só mesmo em último recurso. (Alguns só acendem depois de ter levado com o carro de trás em cima.)
No sábado cruzei-me com alguns destes “seres maiores” que querem sempre chegar primeiro nem que seja ao inferno.
Os números dos acidentes nesse dia, provam na generalidade que o português continua a ter muito pouco respeito pela vida dos outros. Pela sua já sabemos que não tem.
7 mortos e 148 acidentes, demonstram isso mesmo, embora também acredite que muitas das pessoas envolvidas nestes sinistros, tenham sido vitimas da inconsciência do próximo, que provavelmente saiu incólume da situação.
Pensar-se inteligente é muitas vezes sinónimo de estupidez, particularmente quando põe em risco a vida de outros. Serão precisas muitas e muitas gerações para que as mentalidades mudem. Se é que algum dia vão mudar.
Há uma frase que ouvi em tempos e que é mais uma achega para tudo isto. Na Suécia, o automobilista trava quando o semáforo fica amarelo; o português acelera para passar depressa.

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